Home EditorialArtigos Principais exposições para conferir em São Paulo – outubro de 2024

Principais exposições para conferir em São Paulo – outubro de 2024

Destaques incluem o 38º Panorama da Arte Brasileira no MAC USP, mostras de Cildo Meireles na Galeria Luisa Strina e Galatea, e Juraci Dórea na Martins&Montero

Destaques incluem o 38º Panorama da Arte Brasileira no MAC USP, mostras de Cildo Meireles na Galeria Luisa Strina e Galatea, e Juraci Dórea na Martins&Montero

por Diretor

O mês de outubro traz importantes exposições no circuito artístico de São Paulo, como o 38º Panorama da Arte Brasileira, que reúne 34 artistas e coletivos de 16 estados, organizado pelo MAM SP e exibido no MAC USP. Também temos as mostras simultâneas de Cildo Meireles na Galeria Luisa Strina e na Galatea, marcando o retorno do artista ao circuito expositivo brasileiro após cinco anos. Além disso, a Martins&Montero apresenta uma exposição dedicada ao trabalho de Juraci Dórea, reunindo diferentes aspectos da produção do artista baiano.

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Rop Cateh Alma pintada em Terra de Encantaria dos Akroá Gamella (Território Indígena Taquaritiua, MA, Brasil) Em colaboração com Gê Viana (Santa Luiza, MA, 1986). Imagem: Divulgação

MAM-SP apresenta no MAC USP | 05.10
38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus

O Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugura o 38º Panorama da Arte Brasileira: “Mil graus”, que nesta edição será realizado no Museu de Arte Contemporânea da USP, devido à reforma do MAM. A exposição reúne 34 artistas de 16 estados brasileiros, apresentando mais de 130 obras, sendo 79 inéditas. Com curadoria de Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e curadoria-adjunta de Ariana Nuala, a mostra traz o conceito de “calor-limite”, refletindo sobre as intensas condições climáticas, sociais e culturais que atravessam o Brasil atual por meio de cinco eixos temáticos: ecologia, territórios originários, identidade nacional, corporeidade e práticas transcendentais.

Cildo Meireles, Digitais, 1973. Crédito: Ding Musa

Galatea | 03.10
“Cildo Meireles: desenhos, 1964-1977”

Em colaboração com a Galeria Luisa Strina, que no mesmo dia inaugura a individual “Uma e algumas cadeiras/Camuflagens”, com obras inéditas de Cildo Meireles no Brasil, a exposição marca o retorno do artista ao circuito expositivo brasileiro após cinco anos. A Galatea destaca a faceta menos conhecida do artista como desenhista, com uma seleção de trabalhos realizados entre 1964 e 1977. Esses desenhos, considerados o alicerce de sua prática tridimensional, revelam a base conceitual e poética presente em toda sua trajetória ao longo de seis décadas. A curadoria é de Diego Matos.

Cildo Meireles, Épura – Cadeira 1, 2022. Cortesia Galeria Luisa Strina

Galeria Luisa Strina | 03.10
“Uma e algumas cadeiras/Camuflagens” de Cildo Meireles

Já a mostra apresentada pela Galeria Luisa Strina, reúne uma série de trabalhos inéditos de Cildo Meireles no Brasil, revisitados a partir de projetos concebidos nas décadas de 1980 e 1990. A instalação “Uma e Sete Cadeiras” (1997), inicialmente exibida na Galeria Lelong em Nova York, homenageia Joseph Kosuth com uma composição de oito elementos feitos de diversos materiais, incluindo uma torre de lâminas de vidro e uma cadeira de madeira. Na série “Camuflagem”, outros objetos como bancos e tendas também dialogam com a cadeira, todos “pousados” no chão, conforme descreve o artista. A mostra ainda traz a série “Épuras”, pinturas hiper-realistas que exploram a geometria descritiva, conectando o rigor matemático à prática artística. A mostra, que começou a ser produzida em 2020, reflete a retomada da pintura por Meireles, em diálogo com referências como Alfredo Volpi.

Escultura de Juraci Dórea. Imagem: Divulgação / Cortesia Martins&Montero

Martins&Montero | 03.10
“Breveterno: notas para uma lírica político-mística da estiagem” de Juraci Dórea

Com curadoria de Deyson Gilbert, a mostra reúne diferentes aspectos da produção de Juraci Dórea, artista baiano nascido em Feira de Santana em 1944. Dórea, que transita entre pintura, fotografia, desenho e poesia, construiu uma obra profundamente conectada ao Sertão e às suas tradições, ao mesmo tempo em que explora linguagens contemporâneas e experimentais. A exposição também evidencia o diálogo que o artista estabeleceu com intelectuais e figuras culturais do Sertão nordestino, ampliando as leituras sobre seu trabalho e suas referências.

Pedro Escosteguy, Sem Título, déc. 1960. Foto: Ana Pigosso. Cortesia Galeria Superfície

Galeria Superfície | 03.10
“Pedro Escosteguy — poesia, vanguarda e opinião”

Esta é a primeira exposição individual de Pedro Escosteguy em São Paulo, um artista pouco conhecido pelo grande público, mas de enorme importância para a vanguarda brasileira e para a descentralização dos meios tradicionais de arte. Figura central nos debates sobre arte política nos anos 1960, Escosteguy participou de eventos históricos como Opinião 65, Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira. Sua produção poética e visual, além de sua experimentação com diferentes suportes e linguagens, também são destacados na mostra. Ao final da exposição, será lançado um livro que resgata sua obra, sublinhando a relevância de sua contribuição para a história da arte no Brasil.

David Almeida, Sem Título, 2024. Foto: Julia Thompson. Cortesia Millan

Millan | 05.10
“David Almeida: Vigília”

A mostra apresenta um conjunto de obras inéditas de David Almeida, que trazem novos formatos e suportes, incluindo pinturas sobre tela, madeira e objetos, além de um painel que cobre o teto do espaço expositivo. “Vigília” tem como ponto de partida uma viagem às cidades de Ouro Preto, Congonhas e Mariana e reúne os desdobramentos mais recentes da pesquisa de Almeida. Nesses trabalhos, o artista investiga a tradição pictórica brasileira e a adaptação local de visualidades europeias, incorporando técnicas e materiais do século XVIII, como a policromia sacra e a têmpera de ovo. A expografia remete à arquitetura das igrejas, incluindo um grande “altar” formado por uma pintura sobre uma cabeceira de cama, reforçando o caráter onírico e devocional de suas obras.

Germana Monte-Mór, Estridentes, 2024. Cortesia Galeria Leme

Galeria Leme | 05.10
“Germana Monte-Mór: Pinturas”

A Galeria Leme inaugura a primeira individual de Germana Monte-Mór em seu espaço, apresentando uma seleção de obras que explora a pesquisa contínua da artista em torno de texturas, cores e materiais. A mostra inclui pinturas pequenas e grandes, além de trabalhos tridimensionais, onde a investigação cromática e a incorporação de materiais como o asfalto, presente em sua prática há mais de três décadas, são centrais.A cor desempenha um papel fundamental, com tons “estridentes” nas telas menores e mais suaves nas maiores. Na série “Fendas e Buracos”, Monte-Mór trabalha com linho grosso e cartão para criar estruturas que sustentam telas sobrepostas, onde os buracos deixam de ser apenas formas para integrar um jogo dinâmico de planos, sombras e cores.

Bruno Novelli, Jardim dos daimons, 2024. Cortesia Galatea

Galatea | 03.10
“Bruno Novelli: Tudo se transforma na terra”

“Bruno Novelli: tudo se transforma na terra” marca a maior individual já realizada pelo artista, com 10 pinturas em grande formato criadas especialmente para a ocasião. Entre elas, destaca-se “Jardim dos daimons” (2024), sua maior obra até o momento, com 2,70 metros de altura e 4 metros de largura. Inspirado pela exuberância da Amazônia e em diálogo com o coletivo indígena Huni Kuin, Novelli constrói composições densas e coloridas, povoadas por criaturas fantásticas e visões oníricas da natureza. Seu trabalho também questiona a visão europeia sobre a paisagem tropical e os conflitos entre natureza e a dominação humana. Outra influência importante em sua obra é o pintor Chido da Silva, cujo legado fantástico impactou Novelli na infância.

Victor Mattina, Crise e Observação (CEO), 2024. Cortesia Galeria Marcelo Guarnieri

Galeria Marcelo Guarnieri | 04.10
“Victor Mattina: desmesura”

Esta é a segunda individual do artista carioca em São Paulo, reunindo dez pinturas inéditas e um díptico, acompanhados pelo poema “O Monstro”, de Flávio Morgado. Mattina explora o universo monstruoso, criando composições que se equilibram entre o familiar e o absurdo, com figuras fragmentadas e associações inusitadas. Através de uma pintura figurativa que flerta com o inverossímil, o artista constrói cenas que sugerem uma lógica singular, onde os símbolos se libertam das amarras da representação convencional. O poema, dividido em seis partes, dialoga diretamente com as obras, especialmente com as grandes pinturas “Elegia I” e “Elegia II”, criando um limbo visual onde texto e imagem recusam categorizações normativas. No mezanino, obras de Marcello Grassmann, Oswaldo Goeldi, Guima e Iberê Camargo complementam a exposição, trazendo outros olhares sobre a dimensão monstruosa na arte figurativa.

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