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Jeppe Hein nos convida

Jeppe Hein é conhecido por suas instalações e esculturas minimalistas, em sua grande maioria interativas e carregadas de experimentações. Suas obras chamam bastante a atenção por fazer convites ao público,…

por Jamyle Rkain

Jeppe Hein é conhecido por suas instalações e esculturas minimalistas, em sua grande maioria interativas e carregadas de experimentações. Suas obras chamam bastante a atenção por fazer convites ao público, colocando-o sempre em diálogo com o trabalho. Nascido em Copenhague, capital dinamarquesa, hoje ele vive e trabalha em Berlim, tendo estudado na Real Academia Dinamarquesa de Artes de Copenhague e na Städel Hochschule für Bildende Künste em Frankfurt.

O uso de materiais aparentemente simples para suas criações é algo que chama bastante a atenção. Balões de plástico, bolas de aço, letras em néon e espelhos em vários formatos são alguns deles. As mensagens, porém, são sempre forte e impactantes.

Inhale, hold, exhale, 2016 | You are on my mind, 2012

Em telas que são compostas por alumínio revestido a pó, tubos de néon, espelho de duas direções, aço revestido a pó e transformadores, o artista criou uma série de obras ao longo dos anos que levam no título a mensagem que trazem. As mensagens podem conter apenas uma proposta de reflexão ou podem conter uma provocação para aquele que está parado em frente a ela.

Isso acontece, respectivamente, em obras You are on my mind e Inhale, hold, exhale. São convites não só para que o público exercite a mente, mas também o resto do corpo. Em alguns casos, podem parecer inclusive desafiadores. É também uma forma de fazer com que o espectador questione sua relação com o espaço e o tempo, refletindo sobre onde se posiciona nesse quadrante.

Mais recentemente, a partir de 2019, o artista lançou a série Breath With Me. A primeira versão do trabalho, sediada no Central Park, em Nova Iorque, já chamava o público para pintar a própria ‘respiração’. A obra tornou-se, então, um trabalho participativa e público que continuou em andamento, sendo repetido em diversos outros lugares pelo mundo. Sobre a obra, que se tornou um projeto, o artista diz: “A consciência com minha respiração me permite equilibrar o corpo e a mente em todas as circunstâncias da vida”.

A obra faz alusão a muitas questões urgentes que abarcam a ideia de valorização da vida, como as discussões em torno das mudanças climáticas. Desta forma, ela foi incluída como uma ação na Agenda para 2030 das Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta 17 objetivos globais para o desenvolvimento sustentável. Durante toda a década, a obra será feita em diversos outros lugares do mundo. Podemos acompanhar o andamento do projeto no site.

Hein está sempre em diálogo com o fazer escultórico e também com a arquitetura, sempre de forma minimalista. Sua atuação tem muito de inspiração na arte conceitual da década de 1970, experimentando suas ideias ao colocar o público como centro do trabalho.

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