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Obras que permeiam o campo das ciências naturais e da Terra

A Virgem das Rochas, ou Rochedos, de Leonardo da Vinci Leonardo Da Vinci fez alguns desenhos experimentais onde estudou as formações rochosas, como Ravine, que data de cerca de 1482.…

por Jamyle Rkain

A Virgem das Rochas, ou Rochedos, de Leonardo da Vinci

Leonardo Da Vinci fez alguns desenhos experimentais onde estudou as formações rochosas, como Ravine, que data de cerca de 1482. Nele, o artista retratou com certa precisão geológica pilares desgastados de arenito e argila dura. Esse e outros desenhos de Da Vinci são tidos como estudos para obras da série A Virgem das Rochas, ou Rochedos, pintadas por ele entre 1483 e 1486. Elas podem ser vistas no Louvre.

Série Atmosphere, de Ian Fisher

O artista Ian Fisher dedica uma série inteira a pintar volumosas, majestosas e imponentes nuvens cheias de cores e expressividade. São deliciosas representações das formações de gotículas de água acumuladas que enchem os céus de um branco sobressalente, um prato cheio para a meteorologia.

Tornado, de Francis Alÿs

A série de vídeos criada por Francis Alÿs, na qual se atira entre tornados formados em desertos no México. Foram dez anos, entre 2000 e 2010, captando o fenômeno. Ali, com a presença da areia, o fenômeno pode se tornar ainda mais perigoso para o homem. Segundo ele, a obra se refere ao “colapso iminente de um sistema de governo ou ordem política.”

Onda, da dupla Detanico Lain

Criada a partir de grãos de sal, a instalação Onda, da dupla brasileira Detanico Lain, foi concebida em 2010. Ela faz referência à palavra “onda”, por meio de um alfabeto codificado pensado pela dupla. É uma relação metalinguística muito utilizada pelos artistas. A geometria dos códigos nesse alfabeto tem diferentes modulações para o fenômeno marinho da onda.

The Valley in the Sea, de Edward Moran

O irmão de Edward Moran, Thomas Moran, foi bem mais conhecido nas artes visuais. Mas não se pode pensar em oceanografia e arte sem destacar como Edward foi inigualável como pintor marinho durante sua vida. Ele ficou conhecido por imensos mares verde-azulados e também por seus céus brilhantes. Ele foi inspirado por explorações em alto mar realizadas na década de 1850.

Descension, de Anish Kapoor

O redemoinho nas águas, ou turbilhonamento, são consideradospor muitos um fenômeno similar aos buracos negros no espaço. Nos mares e oceanos, eles são causados por movimentação das correntes oceânicas e são capazes de engolir o que quer que esteja passando na superfície. Na obra de Anish Kapoor, que já foi instalada até no rio Sena, em Paris, esse “engolimento” faz referência a conturbações causadas pela política.

Still life with Globe, de Alexandra Paperno

Alexandra Paperno é uma artista contemporânea jovem que trabalha muito com questões que envolvem as geociências e a astronomia. De origem russa, ela estudou artes na Cooper Union for the Advancement of Science and Art, em Nova York, de 1996 a 2000. Fenômenos astronômicos, estrelas, mapas de estrelas e o espaço em si são algumas das temáticas que ela mais pinta.

Aurora Borealis, de Frederic Edwin Church

Pertencente ao acervo do Smithsonian American Art Museum, a pintura de Frederic Edwin Church, feita em 1865, não é apenas uma transposição do fenômeno da aurora boreal, mas também um importante registro da expedição de Isaac Israel Hayes para o Pólo Norte. Church captou com maestria as cores estonteantes liberadas pelo fenômeno formado por tempestades geomagnéticas, que levam muitos turistas às regiões do norte europeu.

AMÉFRICA, de Denise Milan

A brasileira Denise Milan tem uma trajetória muito longa e extremamente consistente na sua relação com as pedras. Sua pesquisa na área geológica já acontece há mais de três décadas e de lá pra cá desembocou em exposições cuja carga científica tem um valor tão forte quanto a carga estética. Améfrica é uma instalação permanente que foi feita Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, em 2003.

Vesuvius, de Andy Wahrol

As erupções vulcânicas foram muito retratadas em pinturas cheias de aflições e desordens. Desde An Eruption of Mount Vesuvius, de Clarkson Frederick Stanfield, pintada em 1839, até a série Vesuvius que Andy Wahrol pintou em 1985. Em várias cores e formatos de explosões, os quadros de Wahrol deixaram a impressão de terem sido retratados em pouquíssimo tempo após a grande explosão magmática, como ele mesmo pontuou em entrevista sobre a série naquela época.

Noite estrelada sobre o Ródano, de Vincent Van Gogh

É impossível falar de estrelas, mesmo que elas estejam tão distantes, sem lembrar dos tantos céus noturnos nas qual figuraram as estrelas-sóis de Van Gogh. “Noite estrelada sobre o Ródano“  foi feita em 1888, durante sua estadia em Arles, na França. Lá ficou algum tempo antes de ser internado e só ali, com aquele céu, encontrou a luz e a cor que tanto o fascinavam.

No ar, de Laura Vinci

A instalação/performance da artista brasileira Laura Vinci foi exibida pela primeira vez em 2017, no MuBE, e reexibida no ano passado na Festa Literária Internacional de Paraty, como parte do projeto que inclui artes visuais no evento. No Ar é um trabalho que lembra a névoa das manhãs, a neblina. Ele é é bruma, é vapor formado pela condensação da água que evapora do solo.

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