Sete artistas para ficar de olho na Parte 2018

por Julia Lima

por Julia
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A feira Parte chega a sua 10ª edição mantendo seu foco em novos talentos da arte contemporânea. O evento se consolida como um espaço de estímulo à produção da nova arte brasileira, com galerias de diferentes envergaduras e formações, além de coletivos, performances e conversas.

O ARTEQUEACONTECE esteve na abertura da Parte e selecionou jovens artistas cujos trabalhos se destacaram na feira. Com uma atenção especial aos estandes de artistas e de espaços independentes, o AQA buscou nomes que são apostas para o futuro, obras carregadas de potência e de transformação.

 

Sandra Lapage

No estande da Casa Nubam, um coletivo independente, vale a pena ver os delicados trabalhos de Sandra Lapage. A artista faz uso de materiais orgânicos como folhas e galhos em composições que ora lembram gabinetes de botânica, ora evocam amuletos ou figurações estranhamente familiares.

 

Paul Setúbal

No estande da Andrea Rehder Arte Contemporânea, os pequenos desenhos de Paul Setúbal não passam desapercebidos, mesmo em sua escala diminuta e ausência de cor. As contorcidas figuras fantásticas e demoníacas parecem sair de livros de mitologia ou de bestiários surreais e são, simultaneamente, tão humanas e reais como nós.

 

Mirela Cabral

A Galeria Emmathomas usou seu estande para expor as obras de alguns artistas do coletivo Atelier do Centro, liderado por Rubens Espírito Santo. Dentre vários bons trabalhos em vista, destaca-se o desenho monumental de Mirela Cabral. O rosto expressivo em meio ao extenso campo branco revela um desenho experimental muito potente, com certo descontrole e intensidade.

 

Fernanda Feher

Fernanda Feher já foi apresentada entre os Artistas Aposta do AQA. No estande da BG27 a artista que hoje reside em Portugal apresenta uma série de pequenos desenhos inspirados por filmes de Stanley Kubrick. Cenas de “2001: A Space Odyssey”, “Full Metal Jacket”, “Eyes Wide Shut” e “The Clockwork Orange” são reproduzidas em pequena escala e em tonalidades similares, quase como se de repente fizessem parte de uma mesma película, frames de um mesmo filme. A artista também traz uma pintura em óleo para a feira, representando uma cena do icônico “Barry Lyndon”.

 

Manuela Eichner e Pedro Marighella

No estande da RV Cultura e Arte, de Salvador, chamam atenção os desenhos azuis de Pedro Marighella, com cenas que misturam a violência real e simbólica contra o corpo e a cultura e as manifestações populares típicas da Bahia, especialmente a música. Já os coloridos trabalhos de Manuela Eichner são atraentes choques de intensa cor, misturando pintura e colagem em composições tão bizarras quanto sedutoras.

 

Carolina Botura

A GAL Arte e Pesquisa, de Belo Horizonte, é uma galeria online e um projeto de arte e pesquisa que ocupa espaços vazios com exposições e ações públicas. Entre vários artistas interessantes no estande do projeto destaca-se Carolina Botura, com dois bonitos desenhos de técnica mista – um deles de grande dimensão.

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