Principais aberturas de exposições em SP – Agosto 2024

Quais inaugurações de exposições em São Paulo são imperdíveis? Preparamos uma lista detalhada para você

Tempo de leitura estimado: 14 minutos

Quem também já está se preparando para as próximas aberturas de exposições e eventos artísticos em São Paulo? Após um julho tranquilo devido às férias escolares, agosto começa com grandes inaugurações já no primeiro dia do mês!

Nomes consagrados como Mira Schendel na Galeria Luisa Strina e Julio Le Parc na Nara Roesler são destaques ao lado de artistas em ascensão como Gabriella Garcia na Galeria Lume e André Ricardo na Galeria Estação, essa que, inclusive, está celebrando 20 anos de atuação no mercado de arte. Entre 28 de agosto e 1º de setembro, a 3ª edição da SP-Arte Rotas Brasileiras, uma feira que toma a arte brasileira e suas histórias como ponto de partida, chega para fechar o mês com chave de ouro.

Além disso também estamos disponibilizando o GuiaAQA, um mapa no Google Maps com as localizações de mais de 30 espaços culturais para facilitar seu roteiro.

Galeria Luisa Strina | “Mira Schendel: Transparências” + mostra coletiva “uma cadeira é uma cadeira é uma cadeira”
01.08 – 21.09

Mira Schendel, Sem título, da série Discos, 1971-1973. Cortesia Hauser & Wirth

No ano que marca o 50º aniversário da galeria, Luisa Strina apresenta duas exposições simultâneas: uma individual de Mira Schendel, que destaca a abordagem experimental da artista suíça radicada no Brasil, exibindo uma vasta seleção de suas monotipias e objetos escultóricos em acrílico; e uma coletiva que reúne obras de 51 artistas contemporâneos e modernos, centrando-se na tipologia de assentos como cadeiras, poltronas e bancos dentro de criações artísticas que se afastam das exigências do design industrial e refletem sobre dinâmicas sociais, políticas e culturais.

Aura Galeria | “O infinito incompleto da imagem” de Renan Teles + mostra coletiva “Arapuca”
01.08 – 24.08

Renan Teles, Ascensão noturna, 2024

Apresentando novos trabalhos de Renan Teles, a mostra destaca a relação entre realidade digital e percepção, onde o artista investiga como a incompletude da tinta, tanto na impressão digital como na tela, revela aspectos que vão além de suas margens e da percepção visual. Em “Arapuca”, os artistas Daniel Ramos, Diego Cruz e Jeff estabelecem tensões entre uma ideia homogeneizada de marginalidade.

Itaú Cultural | “Guto Lacaz: cheque mate”
01.08 – 27.10

Imagem: Divulgação Itaú Cultural

Apresentando um panorama da carreira do artista, construída desde 1970, a mostra destaca o uso do design em todas as suas formas, a transmutação de objetos do cotidiano, performances e a exploração do uso da tecnologia na arte. Três obras inéditas serão expostas: Volare, feita especialmente para a exposição, Nomes, recém-criada pelo artista, e Eletrolinhas, de 2004, nunca exposta.

Millan | “Seis propostas de Calvino”
03.08 – 06.09

Thiago Hattnher, Sem título, 2024. Foto: Bruno Leão / Millan

Com curadoria de Antonio Gonçalves Filho, a exposição reúne seis artistas de diferentes gerações para dialogar com os conceitos apresentados no livro Seis propostas para o próximo milênio do autor italiano Italo Calvino: leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade e consistência.

Instituto Çarê | “Cotidiano, imaginação e paisagem: Galeria Estação, 20 anos”
03.08 – 31.08

Antonio Poteiro, Sem título, 1994. Crédito: João Liberato / Divulgação

A Galeria Estação celebra seus 20 anos com uma exposição coletiva no Instituto Çarê, curada por Taisa Palhares. A mostra apresenta obras de artistas brasileiros históricos, incluindo Antônio Poteiro, Izabel Mendes da Cunha, José Antônio da Silva, José Bezerra, Júlio Martins, Mirian Inêz da Silva, Nino e Noemisa, e contempla a importância da galeria na arte nacional, destacando a valorização e até mesmo a descoberta de criadores que permaneceram a margem do sistema institucional.

Zielinsky | “Ancoras Atemporais” de Cisco Merel
03.08 – 05.10

Obra de Cisco Merel. Imagem: Divulgação / Cortesia Zielinsky

Cisco Merel, artista panamenho, apresenta sua primeira exposição solo no Brasil. A mostra investiga uma fusão de pintura abstrata e trabalho em barro local, refletindo sobre a conexão entre materialidade e território. A exposição conta com um texto crítico de Tiago Sant’Ana e aborda temas ligados à natureza e espiritualidade através da técnica da “mola” – um fazer têxtil que utiliza diferentes pedaços de tecido para construção de formas geométricas através de um intricado e complexo jogo de costura. Além disso, Merel está representando o Panamá na 60ª Bienal de Veneza, marcando a estreia do país no evento.

Casa de Cultura do Parque | II Ciclo Expositivo de 2024
03.08 – 13.10

Carla Chaim, Sem título, da série Sopro, 2024. Créditos: Fernando Pereira

A Casa de Cultura do Parque inaugura o II Ciclo Expositivo de 2024 com três mostras inéditas reunindo artistas de diferentes gerações com trabalhos em diversas mídias, criados especialmente para a Casa. Sob a direção artística de Claudio Cretti, o evento apresenta a coletiva “A Vingança do Arquivo” com obras de Carla Chaim, Marcelo Amorim, Nino Cais, Lenora de Barros, Rosângela Rennó, Leda Catunda, e as individuais de Flora Leite e Mano Penalva.

Galeria MaPa | “Leonilson em cartaz”
03.08 – 03.10

Cartaz de José Leonilson Bezerra Dias. Imagem: Divulgação / Cortesia Galeria MaPa

A mostra é dedicada aos originais dos cartazes que Leonilson criou à mão, antes da era digital, refletindo as diversas fases do artista e o design gráfico da época. A exposição também celebra João Pedrosa, amigo de Leonilson e curador da galeria, ambos falecidos, mas eternamente presentes.

Galeria Lume | “Mitos, contos e alegorias” de Gabriella Garcia
03.10 – 07.09

Gabriella Garcia, Janela para algum paraíso, 2024. Foto: Ana Pigosso

Gabriella Garcia recria elementos da iconografia greco-romana usando inteligência artificial, descontextualizando, editando e deformando as imagens, tensionando modelos e narrativas históricas. Com curadoria de Igi Ayedun, a mostra traz 27 obras, incluindo esculturas em concreto, cerâmica, telas em grande formato e pinturas sobre madeira, além de uma peça da série “Jurei Mentiras” iniciada em 2020.

Lateral Galeria | “Olhar Atento… Cerrado à Vista” de Paula Calderón
03.08 – 14.09

Obra de Paula Calderón. Imagem: Divulgação / Cortesia Lateral Galeria

A artista brasiliense destaca a beleza e riqueza do Cerrado, conhecido como “berço das águas” por suas nascentes de importantes bacias hidrográficas, capturando as camadas, contrastes, diversidade ecológica e cultural deste território em suas pinturas.

MAC USP | “Acervo Aberto”
03.08 – 25.05.25

Obra de Ricardo Basbaum. Imagem: Divulgação / Cortesia MAC USP

“Acervo Aberto” apresenta mais de 150 obras de 46 artistas do acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP, destacando peças nunca expostas ou não exibidas há mais de 10 anos, incluindo novas doações. As obras vão de 1925 (Lucy Citti Ferreira) a 2022 (Laura Vinci). Entre os artistas destacados estão Mira Schendel, Pola Rezende, Hermelindo Fiaminghi, José Antônio da Silva, Nelson Leirner, Nuno Ramos, Elida Tessler, Sérgio Sister, Ricardo Basbaum, Regina Vater e Amélia Toledo, entre outros.

Galeria Estação | “André Ricardo: LuzCaiada”
06.08 – 05.10

André Ricardo, Sem título, 2024. Foto Julia Thompson

“LuzCaiada,” a segunda exposição individual de André Ricardo, apresenta 20 pinturas inéditas onde o artista utiliza tinta têmpera aplicada em telas de linho feitas por ele mesmo, uma técnica desenvolvida ao longo de quase 15 anos de pesquisa. Com curadoria de Igor Simões, a mostra reafirma diálogos poéticos com a obra de Rubem Valentim, escultor e pintor baiano, e faz parte das celebrações dos 20 anos da Galeria Estação.

Nara Roesler | “Julio Le Parc – Ondas e cores”
08.08 – 19.10
“Cássio Vasconcellos – Viagem Pitoresca pelo Brasil”
17.08 – 12.10

Julio Le Parc, Alchimie 571, 2024. Crédito: Emilie Mathe Nicolas

A Nara Roesler reúne cerca de 50 obras inéditas e recentes de Julio Le Parc, o mestre da arte cinética, ativo aos 96 anos. Argentino radicado em Paris desde os anos 1950, Le Parc exibe pinturas, desenhos, um grande móbile de quatro metros de altura e duas estruturas luminosas que interagem com placas cromáticas. Já “Viagem Pitoresca pelo Brasil” reúne 19 fotografias inéditas em grande formato de Cássio Vasconcellos, fruto de três anos de incursões pela Mata Atlântica em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.

Martins&Montero | “Gretta Sarfaty: “Almost vintage reflections of a woman”
10.08 – 20.10

Gretta Sarfaty, angles – reflections of a woman, 1997. Foto: Estúdio em Obra

A Martins&Montero, em parceria com a Central, apresenta uma exposição com foco nas pinturas figurativas da década de 1990 de Gretta Sarfaty. Curada por Lui Tanaka, a mostra destaca a série “Reflections of a Woman” (1991-1997), marcando o pré-lançamento do livro da artista pela Act. Esta é a primeira vez que a série é exibida no Brasil, tendo sido mostrada pela última vez em Londres, em 1997.

Luis Maluf Galeria | “As coisas maravilhosas dormem debaixo da pele das palavras” de Desirée Feldmann
10.08 – 10.10

Desirée Feldmann, Mirante da Montanha. Crédito imagens: Jean Peixoto

Em sua primeira exposição individual na Galeria Luis Maluf, Desirée Feldmann apresenta um conjunto de obras inéditas intitulado “Imagens Preenchedoras”. Nas palavras da artista, o título “é o nome dado ao conjunto de desenhos nos quais venho trabalhando desde 2021, e que contém em sua essência códigos de símbolos e cores que formam, de maneira abstrata e não convencional, insígnias de proteção.”

Casa Triângulo | “Cenizas de Mañana” de Matias Duville
10.08 – 19.09

Matías Duville, Ashes of modernity, 2024

A Casa Triângulo apresenta a primeira individual do artista argentino na galeria, com texto crítico de Jacopo Crivelli Visconti. A exposição destaca a ausência de figuras humanas nas obras de Duville, embora traços de atividade humana estejam presentes em suas paisagens desertas que parecem refletir um mundo pós-apocalíptico.

A Gentil Carioca | “Vinicius Gerheim: Tororó”
10.08 – 21.09

Vinicius Gerheim, Tororó, 2024. Cortesia A Gentil Carioca

Com texto crítico de Felipe Molitor, “Tororó”, primeira mostra individual de Gerheim na galeria, reúne paisagens que oscilam entre cenários internos e externos, onde figuras se dissolvem em abstrações. Reminiscências de quartos, salas, cozinhas e quintais se misturam a jardins, matagais, céus e riachos, evocando a fantasia dos sonhos e as memórias fugazes do passado.

Casa Seva | “Frans Krajcberg: A morada humana”
10.08 – 05.10

Vista da exposição. Imagem: Divulgação / Cortesia Casa Seva

A Casa Seva, o primeiro espaço expositivo no Brasil dedicado à sustentabilidade, arte e cultura, apresenta exposição de Frans Krajcberg organizada por Carolina Pileggi. A mostra reúne obras do escultor polonês naturalizado brasileiro que abrangem desde os anos 1960 até 2000, destacando sua inabalável defesa da natureza. Em parceria com diversas instituições, a exposição celebra o legado de Krajcberg como ativista ecológico e propõe um diálogo sobre a relação entre humanidade e meio ambiente.

Marli Matsumoto | “O que é…?” de Ricardo Basbaum
13.08 – 11.10

Ricardo Basbaum. Imagem: Divulgação / Cortesia Marli Matsumoto

A mostra abrange trabalhos de Basbaum realizados entre 1984 e 2024, incluindo obras inéditas e raramente vistas, com texto crítico de Luiza Interlengui. Refletindo o interesse contínuo em interações comunicativas, o artista utiliza repetição, estruturas recursivas e mobiliza o discurso em formas visuais, sonoras e orais. Os visitantes são convidados a participar de uma dinâmica performativa, envolvendo-se ativamente com as obras.

Residência Tomie Ohtake + Residência Chu Ming Silveira | Aberto3
11.08

Casa Tomie Ohtake. Crédito: Leonardo Finotti

A ABERTO retorna a São Paulo para sua terceira e mais ambiciosa edição. Ocupando pela primeira vez dois espaços distintos, a mostra celebra o legado artístico e arquitetônico de duas mulheres asiático-brasileiras e suas notáveis casas brutalistas dos anos 1970. A residência projetada por Ruy Ohtake para sua mãe, a artista Tomie Ohtake, e a concebida pela arquiteta Chu Ming Silveira, criadora do orelhão, servirão de palco para exibições de arte e design. Curada por Filipe Assis, Kiki Mazzucchelli e Claudia Moreira Salles, a mostra integra elementos arquitetônicos como concreto aparente e linhas orgânicas para aprimorar a experiência artística.

Galeria Leme | “Ruptura da Trama” de Elisa Sighicelli
15.08 – 28.09

Elisa Sighicelli, Copan (2), 2024

A mostra, primeira exposição individual da artista italiana no Brasil, inclui uma instalação site-specific com 14 fotografias inéditas tiradas em São Paulo, explorando a fenomenologia da visualização e as possibilidades do meio fotográfico. Inspirada pela rede protetora que cobre o edifício Copan, Sighicelli foca nos detalhes insignificantes, subvertendo hierarquias visuais e transformando a rede em um tema central.

Carmo Johnson Projects | “O começo de tudo” de Naine Terena
17.08 – 05.10

Vista de Exposição “O começo de tudo” de Naine Terena, 2024. Foto: Samuel Esteves

Em sua primeira mostra individual, a ativista, educadora, artista e pesquisadora indígena do povo Terena apresenta um conjunto diversificado de trabalhos, incluindo máscaras têxteis, fotografias, instalações e vídeos que exploram temas de memória indígena, tradução e atravessamentos culturais. Curada por Luciara Ribeiro, a exposição traz um olhar aprofundado sobre a trajetória artística de Terena, que começou na década de 1990, e reflete sobre o início de sua produção.

Quadra | “Olhe bem as montanhas”
17.08 – 26.10

Brígida Baltar, A coleta da neblina, 1996–1999

Com curadoria de Camila Bechelany, a mostra apresenta obras de 38 artistas e explora a representação da paisagem na arte contemporânea, além de refletir sobre os impactos ambientais da ação humana. A exposição também destaca o crescente interesse de jovens artistas pela pintura de paisagem, promovendo um diálogo entre diferentes gerações sobre o tema.

Luciana Brito Galeria | “Thomaz Farkas: Pictóricos, Coloridos e Modernos”
17.08 – 28.09

Thomaz Farkas, “Pictóricos, Coloridos e Modernos”. Imagem: Divulgação / Cortesia Luciana Brito Galeria

Em setembro de 2024, o multifacetado artista Thomaz Farkas completaria 100 anos de idade. Para celebrar seu legado, a Luciana Brito Galeria apresenta uma mostra com mais de 70 obras que destacam a evolução da fotografia no Brasil e a trajetória do artista. Entre as décadas de 1940 e 1960, Farkas capturou poeticamente a cidade de São Paulo e sua noiva Melanie Rechulski em uma série de fotografias que abrangem desde paisagens e retratos até experimentações surrealistas.

Galeria Raquel Arnaud | “O quarto estado da matéria” de Gisela Colón
21.08 – 19.10
“OUTROPLANO”
24.08 – 19.10

Gisela Colón, Parabolic Monolith (Mercury), 2023. Imagem: Divulgação / Cortesia Galeria Raquel Arnaud

A Galeria Raquel Arnaud apresenta duas mostras simultâneas. A primeira é a individual de Gisela Colón, com curadoria de Marcello Dantas. Seu trabalho, representado principalmente por monólitos, explora as conexões entre ecofeminismo, histórias coloniais e as forças da natureza. A segunda mostra reúne obras de Tuneu, Hércules Barsotti e Willys de Castro, com curadoria de Agnaldo Farias. Esta coletiva continua o legado de renovação estética da galeria, investigando a introdução de novos materiais e a expansão formal da tela.

Gomide&Co | Megumi Yuasa
22.08

Obra de Megumi Yuasa. Imagem: Divulgação / Cortesia Gomide&Co

Concebida em parceria com o artista Alexandre da Cunha, a arquiteta Jaqueline Lessa e a pesquisadora Rachel Hoshino, a mostra exibe obras de Yuasa desde o fim dos anos 1970 até peças inéditas de 2024. Conhecido por suas esculturas que combinam argila, metais, limalhas e óxidos, Yuasa explora paisagens imaginadas com elementos como árvores, nuvens, sementes e seus característicos “espássaros”. A exposição destaca a singularidade de sua expografia, apresentando suas obras sem hierarquias e reforçando sua importância na escultura brasileira.

MASP | “Leonilson – agora e as oportunidades”
23.08 – 17.11
“Sala de vídeo: Kang Seung Lee”
23.08 – 27.10

Leonilson, Agora e as oportunidades, 1991. Créditos da fotografia: Eduardo Ortega

Com curadoria de Adriano Pedrosa e Teo Teotonio e reunindo mais de 300 trabalhos do artista cearense, a mostra explora as reflexões filosóficas e autobiográficas presentes em suas pinturas, desenhos e instalações, destacando também o impacto político de sua produção. Leonilson, um artista central e marginal na arte brasileira, aborda questões como amor, preconceito, discriminação e minorias sociais, evidenciadas em obras como “Agora e as oportunidades” e a instalação “As minorias”. Já na Sala de Vídeo, a obra audiovisual Lazarus (2023) de Kang Seung Lee, em exibição paralelamente na 60ª Bienal de Veneza, homenageia e reimagina histórias e experiências da comunidade queer, refletindo temas de intimidade, afeto, sofrimento e pertencimento.

Mendes Wood DM | “ARDOR E IRA” de Fernando Marques Penteado + “Sefirot” de Mimi Lauter
24.08 – 09.11

Obra de Mimi Lauter. Imagem: Divulgação / Cortesia Mendes Wood DM

A prática de Fernando Marques Penteado é marcada por longos processos e técnicas específicas, especialmente o bordado. Sua obra se relaciona com roupas, livros e objetos encontrados, combinando autobiografia e questões históricas em criações literárias inventivas que abordam temas como sexualidade, homoerotismo, gênero e violência. Já os suaves pastéis paisagísticos de Mimi Lauter supera o comum, inspirando-se na natureza, na memória e na história da arte. Suas obras, marcadas por tons primitivos e traços rítmicos, misturam abstração parcial com uma devoção espiritual à pintura.

Simões de Assis | “Carlos Cruz-Diez
24.08 – 12.10

Carlos Cruz-Diez, Physichromie No 338, 1967. Foto: Atelier Cruz-Diez Paris © Carlos Cruz-Diez

A Simões de Assis celebrará seus 40 anos com uma exposição inédita em São Paulo, homenageando o centenário de Carlos Cruz-Diez (1923-2019). Pioneiro da arte cinética, Cruz-Diez explorou a relação entre cor, formas geométricas e observador, criando ilusões de ótica e movimento. A mostra, com texto de Mariane Beline, foca na série Physiocromias e destaca a instalação “Laberinto de Transcromía” (1965-2017), que combina estruturas coloridas e translúcidas.

Luis Maluf Galeria | “Somatória de Forças de Aline Bispo
24.08 – 02.10

Aline Bispo, Mães da boa morte, 2023. Foto: Tatiana Mito

A mostra, que será realizada na unidade Barra Funda da galeria, apresenta uma seleção de obras inéditas e recentes da artista, que reflete sobre o sincretismo religioso e a riqueza cultural das práticas africanas no Brasil, inspirada por festividades do calendário afro-brasileiro, como o Bará do Mercado e a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte. A curadoria é de Alexandre Araujo Bispo.

Casa Zalszupin | “Intimidade das formas”
24.08 – 26.10

Tomie Ohtake, Abstrato, 1968. Imagem

Com curadoria de Yudi Rafael, a exposição propôe um olhar sobre a produção nipo-diaspórica em São Paulo, explorando a interseção entre memória afetiva e modernismo brasileiro, e refletindo a relação entre arquitetura, arte e design. Inspirada pela presença de uma pintura de Manabu Mabe na casa de Jorge Zalszupin, a mostra reúne obras de Tikashi Fukushima, Tomie Ohtake, Kimi Nii, Massao Okinaka e Mika Takahashi, além de mobiliário assinado por Claudia Moreira Salles, em um diálogo entre formas orgânicas e o ambiente doméstico.

IMS Paulista | “Stefania Bril: desobediência pelo afeto”
27.08 – 26.01.25

Meninas e meninos no parque, Campos do Jordão, 1973. Acervo IMS / Arquivo Stefania Bril.

Um dos mais importantes acervos fotográficos do Brasil apresenta uma exposição dedicada a Stefania Bril, a primeira individual da artista em 30 anos. Com curadoria de Ileana Pradilla Ceron e Miguel Del Castillo, a mostra abrange sua obra fotográfica, sua produção crítica e sua atuação institucional. Nascida na Polônia e sobrevivente do Holocausto, Stefania emigrou para o Brasil em 1950, onde se estabeleceu como fotógrafa e crítica. Sua carreira fotográfica, iniciada aos 47 anos, é marcada por registros de cenas cotidianas e momentos de irreverência, propondo novos olhares sobre as metrópoles e seus habitantes.

Galatea | “Montez Magno: entre Morandi, Nordeste e Tantra”
29.08 – 21.09

Montez Magno, Estudo, da série Barracas do Nordeste, 1972. Imagem: Divulgação / Cortesia Galatea

Com curadoria de Clarissa Diniz, a Galatea apresenta a exposição Montez Magno: entre Morandi, Nordeste e Tantra, que marca a inauguração da nova unidade da galeria na Rua Padre João Manuel, em São Paulo, e também ocupará a sede da Rua Oscar Freire. A mostra apresenta cerca de 80 obras que exploram as variadas investigações de Montez Magno no campo da pintura e das operações conceituais. O título reflete três influências principais em sua obra: o pintor italiano Giorgio Morandi, o contexto nordestino presente na série Barracas do Nordeste, e o universo da filosofia tântrica.

Pinacoteca de São Paulo | “Gabriel Massan: Terceiro Mundo, a dimensão descoberta” – Edifício Pina Contemporânea
+ mostra coletiva “Entre a cabeça e a terra: arte têxtil tradicional africana” – Edifício Pina Luz
31.08 – 02.02.25

Third World: The Bottom Dimension © Serpentine. Foto: Hugo Glendinning

A exposição imersiva criada por Gabriel Massan, em colaboração com os artistas Castiel Vitorino Brasileiro, Novíssimo Edgar, Ventura Profana e LYZZA, e produzida pela Serpentine Arts Technologies foi lançada em 2023 após um desenvolvimento iniciado no final de 2021. A mostra investiga a experiência negra brasileira e os impactos do colonialismo por meio de uma abordagem decolonial, queer e descentralizada. A curadoria é de Lorraine Mendes. Já a mostra coletiva é realizada em colaboração com a Maison Gacha na França e a Fundação Jean-Félicien Gacha no Camarões. Promovendo uma ampla gama de atividades culturais e educacionais, a Fundação Gacha possui uma das mais importantes coleções de tecidos africanos, da qual o museu irá mostrar uma seleção no centro desta exposição.

Casa SP-Arte | “Xeque-mate(s)”
31.08

Óscar Murillo, (untitled) aesthetic structure, 2013-2024. Foto: Direitos autorais do artista. Cortesia do artista e kurimanzutto, Cidade do México e Nova York

A Casa SP–Arte receberá a sua primeira exposição internacional. O espaço será ocupado pela galeria kurimanzutto, com sedes na Cidade do México e Nova York. A mostra “Xeque-mate(s)”, primeira do artista colombiano Oscar Murillo no Brasil, projeto de Mark Godfrey, reúne obras que dialogam com nomes fundamentais da arte brasileira, como Lygia Clark, Hélio Oiticica e Cildo Meireles.

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