México reivindica arte pré-colombiana a ser leiloada na Christie’s
O Instituto Nacional de Antropologia e História, uma divisão do governo do México dedicada à preservação de artefatos culturais, entrou com uma ação judicial sobre 33 objetos pré-colombianos que serão leiloados na Christie ‘s em 9 de fevereiro em Paris. De acordo com reportagem divulgada pelo veículo El País, a entidade defende que as obras, originárias do México, sejam repatriadas ao país.
As peças no catálogo de vendas incluem esculturas, vasos, máscaras, pratos e figuras das culturas asteca, maia, tolteca, totonaca, teotihuacana e mixteca. Entre os lotes mais caros está uma escultura de pedra datada de 600-1.000 d.C. representando a divindade sentada Cihuatéotl, deusa da fertilidade, que foi descoberta na região costeira do Golfo do México, no que hoje é conhecido como Veracruz. A escultura tem o valor estimado entre $722.000 e $1,08 milhão de dólares. Vale destacar, ainda, a máscara de pedra verde Teotihuacan. A figura representa Quetzalcóatl e vale entre $ 420.000 e $ 662.000. pertencia ao marchand Pierre Matisse, filho de Henri Matisse.
Museu da Língua Portuguesa anuncia data de reabertura
Em 2015 os paulistas ficaram em choque ( e com o coração partido) ao ver o Museu da Língua Portuguesa em chamas! O espaço, que está fechado para reforma e restauro desde então, finalmente vai reabrir no dia 17 de julho de 2021. Até lá, de acordo com a Folha de São Paulo, a ideia é que a instituição passe por um espécie de “soft opening”—, com programação online e visitas para alunos de escolas públicas.
Além da morte de um bombeiro civil, o incêndio havia destruído o segundo e terceiro andares, e a reforma custou R$84 milhões, divididos entre a iniciativa privada, o governo do estado de São Paulo e a seguradora. A previsão era abrir mais cedo, mas a instituição atrasou mais um pouco por causa da pandemia. Conhecido por abrigar exposições imersivas, que propõem interação dos visitantes com as obras, o museu precisou repensar algumas partes das mostras para evitar o toque em meio à pandemia. De acordo com Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa do governo de São Paulo, esta adaptação foi mais simples, pois a tecnologia ativada por comandos de voz já vinha sendo desenvolvida antes do surto de Covid-19, na busca por ampliar a acessibilidade aos visitantes.
Galleria Continua abre Paris com mostra de JR
Conhecida por instalar suas sedes em lugares inusitados, a italiana Galleria Continua abriu um espaço no coração de Paris. A nova sede tem 800 metros quadrados e se estende por dois andares e ocupa uma antiga loja de atacado de artigos de couro, com uma fileira de vitrines na esquina entre a Rue du Temple e a Rue Michel-le-comte, no Marais.
A ideia é incentivar a utilização dos ambientes para além das noções típicas de galeria – ao longo da sua construção será um café, uma loja e uma sala dedicada a reuniões e palestras. “O projeto nasce da ideia de criar um lugar acolhedor, de convívio, flexível, inclusivo, acessível a todos e que não segue arquitetonicamente os cânones do cubo branco”, explicam os fundadores Mario Cristiani, Lorenzo Fiaschi e Maurizio Rigillo em nota oficial.
Para começar o novo projeto, a Galleria Continua apresenta ‘truc à faire’ uma exposição com curadoria de JR. Ele ocupa o local de uma forma inesperada, preenchendo cada canto e fenda e se espalhando pelas centenas de prateleiras que habitam suas paredes. O artista e curador não pretende modificar a estrutura original, mas sim revelar e ressaltar sua história antes que o local passe por outra metamorfose: “Um espaço onde se vendem obras de arte, a meio caminho entre uma catedral e um supermercado, é um lugar onde nos aproximamos do infinito e onde podemos comprar objetos de consumo”, diz JR. Reuniu, entres os ambientes, trabalhos de Ai Weiwei, Daniel Buren, Anish Kapoor, Michelangelo Pistoletto e Pascale Marthine Tayou, entre outros.
JR desenha figurino e cenário para Opera de Paris
Uma peça de nove dançarinos criada para o ballet da Ópera de Paris em circunstâncias muito especiais, em estreita colaboração com o renomado artista visual JR,que assinou o figurino e o cenário, o compositor e pianista Koki Nakano e o dançarino Aimilios Arapoglou. Brise-Lames não pode ser revelada ao público devido ao segundo bloqueio em Paris no início de novembro, mas exibida essa semana, pela primeira vez, na televisão nacional. “É um sentimento muito ambíguo saber que vai nascer assim, sentindo-me incrivelmente grato e sortudo por ter podido traduzir cuidadosamente a experiência ao vivo para a tela com a incrivelmente talentosa Louise Narboni, e também por compartilhá-la para um público tão vasto”, revelou o coreografo Damien Jalet em seu instagram. O espetáculo ainda não pode ser visto fora do país, mas Jalet pediu paciência ao público internacional, pois ele já está negociando o streaming mundial. Aguardamos ansiosamente.
Lorna Simpson cria colagens com imagens de Rihanna
“Minha mãe e eu costumamos ouvir ‘Man Down’ nas alturas no som do carro enquanto ela me levava para a escola. Eu me diverti com sua influência como uma celebração de mim mesma. Era também um meio de me conectar com minha mãe e seu pai afro-caribenho”, revelou a artista Lorna Simpson, no site de sua galeria Hauser & Wirth, que colaborou com a visionária pop e empreendedora Rihanna para uma continuação de sua série de colagens Of Earth & Sky, que a artista desenvolve desde 2016, combinando retratos de mulheres negras em revistas com imagens geológicas e astronômicas. Composta por 12 colagens e a imagem da capa, as obras são acompanhadas de um ensaio da filha da artista, Zora Simpson Casebere.
As imagens estão na edição de janeiro/fevereiro de 2021 da revista estadunidense Essence, uma revista estadunidense de publicação mensal destinada à mulheres afro-americanas e teve a sua primeira edição em 1970. Para saber mais e ver o ensaio completo no site da revista.
Georg Baselitz doa seis obras para o Metropolitan Museum of Art
Para brindar o 150º aniversário do Metropolitan Museum of Art em 2020, o artista alemão Georg Baselitz e sua esposa, Elke, doaram seis retratos invertidos para a instituição de Nova York. As obras datam de 1969 e estarão em exibição na mostra Georg Baselitz: Pivotal Turn até 18 de julho. Os retratos mostram amigos e colegas de Baselitz no mundo da arte alemão, incluindo o jornalista Martin G. Buttig, os galeristas Franz Dahlem e Michael Werner e o colecionador Karl Rinn.
As obras estão na coleção do artista há seis décadas e Baselitz as criou para subverter as convenções do gênero retrato. O objetivo é desorientar o espectador, que deve reconsiderar sua perspectiva para distinguir os detalhes de cada obra. “O Met e Nova Iorque têm um lugar especial no meu coração e no de Elke”, disse Baselitz em um comunicado, acrescentando: “É uma grande alegria e satisfação saber que essas seis obras que permaneceram em nossa coleção e que marcam um importante momento na evolução da minha abordagem à pintura será uma parte integrante da coleção histórica do Museu.”
Entusiasta da arte brasileira, Guy Brett faleceu no dia 2 de fevereiro
O mundo da arte chorou na última terça-feira, 2 de fevereiro, com a partida do crítico britânico Guy Brett. Brett mergulhou no cenário da arte brasileira na década de 60, tendo sido responsável por fomentar a expansão de nomes como Lygia Pape, Hélio Oiticica e Mira Schendel no exterior. O crítico capitaneou uma série de publicações, exposições e vários materiais que ajudaram na internacionalização de artistas brasileiros. Também foi cofundador da importantíssima galeria Signals, em Londres, e promoveu o grupo Artists for Democracy. Sua curiosidade e sua disposição para ir além da caixinha ocidental eurocêntrica também estimulou o conhecimento sobre artistas de outros locais que eram colocados à margem do mercado, das instituições e da academia, como sobre a palestina Mona Hatoum e o filipino David Medalla, falecido no último dezembro.
Diagnosticado há alguns anos com a doença de Parkinson, tinha 78 anos de idade. A morte foi confirmada por sua filha a pessoas próximas, que prestaram homenagens a ele em suas redes sociais.
Reparação histórica: Museu da Bíblia devolve objetos egípcios ao país
O governo egípcio e o Museu da Bíblia em Washington afirmam que cerca de 5.000 artefatos adquiridos pelo museu – fragmentos de manuscritos, máscaras funerárias, partes de caixões e cabeças de estátuas – foram devolvidos ao Egito como resultado de evidências de que eles foram adquiridos ilegalmente.A transferência ocorre após anos de negociações sobre os objetos antigos, principalmente papiros que são de grande interesse para os estudiosos. Os detalhes sobre como os itens deixaram o Egito não foram divulgados, mas muitos objetos valiosos foram enviados ilegalmente em meio à turbulência política de 201, no levante contra o então presidente Hosni Mubarak.
Nara Roesler anuncia sociedade com Fabiola Ceni
Uma das empresas que mais ( e melhor) cresceu nos últimos, a Galeria Nara Roesler não para de nos dar boas novidades. Depois de duplicar espaço expositivo em São Paulo e de abrir novas frentes no Rio de Janeiro e em Nova Iorque, Nara acaba de anunciar que seu império ficou ainda mais potente: diretora de vendas e liaison da galeria desde 2009, Fabiola Ceni tornou-se sócia da galeria ao lado da marchand e os filhos, Daniel e Alexandre Roesler, tornando-se figura central e para os próximos passos da galeria de arte.
Latino Museum nos EUA dá mais um passo para tornar-se realidade
O impulso para a criação de um Museu Nacional Latino, que será parte da Smithsonian Institution, em Washington, levou décadas para ser criado, mas uma lei recente que o tornou realidade e deu início ao que será um processo demorado – e caro. O Congresso autorizou US $20 milhões de dólares neste ano fiscal para o planejamento do museu, mas ainda não alocou parte desse dinheiro. Isso forçou o Smithsonian a usar seus próprios recursos para das os primeiros passos.
De acordo com a NBC News, o museu deve custar entre US $600 a 800 milhões; metade do financiamento virá do Congresso e a outra metade da arrecadação de fundos privados. Os apoiadores do museu dizem que terão de arrecadar cerca de US $350 milhões a US $400 milhões. Enquanto esperava a aprovação da lei, o Smithsonian criou o Latino Center para adicionar coleções, curadores e exposições latinas em seus outros museus. O trabalho do centro ajudou a identificar histórias e coleções que deveriam fazer parte da narrativa do museu nacional.
A inauguração do museu nacional latino pode levar cerca de oito a 12 anos.O Congresso também estabeleceu um museu de história da mulher que precisará de financiamento.