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Coletiva na Videobrasil discute as prisões às quais somos submetidos

Exposição está na plataforma online da instituição e tem curadoria da escritora Juliana Borges, autora do livro “Encarceramento em Massa”

por Jamyle Rkain
 Alyona Larionova, Across Lips, 2016

A plataforma virtual de exposições da Associação Cultural Videobrasil, a Videobrasil Online, exibe até o dia 4 de julho a mostra Confinamentos. Com curadoria de Juliana Borges, escritora e estudiosa de política criminal, busca discutir quais são as prisões e confinamentos em que nós estamos inseridos. As obras em vídeo de 16 artistas e coletivos incluem documentários, vídeo-montagem fotográfica, performances e outras narrativas visuais.

Parte do acervo histórico da Videobrasil, os trabalho selecionados propõem um olhar abrangente sobre as três décadas desta coleção e seguiram um foram selecionando a partir de um critério que considera propostas que expandem nossa visão sobre o que é uma prisão. “Do ambiente do cárcere aos manicômios, passando pelas prisões do consumismo, pela prisão da alienação”, diz texto da curadora.

Coco Fusco, Bare Life Study #1, 2005.

Os artistas que têm obras na exposição são Coco Fusco, Frente 3 de fevereiro, Kiko Goiffman, Megan-Leigh Heilig, Lucila Meirelles, Juvenal Pereira, Alyona Larinokova, Caco Souza, Erin Coates, Fernanda Gomes, Luciana Barros, Marcello Mercado, Maria de Oliveira, Marta Nehring e Nilson Araújo. Para a diretora do Videobrasil, Solange Farkas, “é importante destacar que se nos vemos hoje em um ambiente pouco propício à expansão das parcerias e dos projetos culturais marcados pela defesa da diversidade, da liberdade, do pensamento comunitário e da ampliação das consciências, por outro nunca tivemos tanta certeza da importância de manter vivo – e ativo – um dos acervos mais significativos da produção em vídeo do Sul geopolítico do mundo”.

Erin Coates, Driving to the Ends of the Earth, 2016.

 Autora dos livros Encarceramento em massa (Jandaíra, 2019) e Prisões: espelhos de nós (Todavia, 2020), Juliana Borges destaca em seu texto curatorial que a mostra não pretende dar respostas, mas sim propor “um ponto de reflexão e inflexão para superarmos as fronteiras e os muros das verdades relativas, construídas por interesses alheios aos direitos inalienáveis que nos são usurpados cotidianamente. Uma mostra que nos convida a nos olhar no espelho, a romper silêncios e preconceitos, a superar confortos e a ser ponto fora do lugar. Afinal, em qual prisão você está?”.

Confinamentos
Curadoria assinada por Juliana Borges
Data: Até o dia 4 de julho
Local: Videobrasil Online, clique aqui



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