A Fundação Bienal lança hoje, dia 31 de março, o livro de ensaios Bienal de São Paulo desde 1951, organizado por Paulo Miyada, que foi curador-adjunto da 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto. Colaboraram com a obra pesquisadores, críticos e artistas de formação diversa.
O lançamento consiste numa celebração dupla: 70 anos da Bienal de São Paulo e 60 anos da Fundação Bienal de São Paulo. Assim, ele traz 30 ensaios distribuídos por 424 páginas, que reforçam o caráter plural da Bienal, com múltiplas vozes que combinam pesquisas, perspectivas críticas, criações narrativas e anedotas, em uma diversidade que reflete a principal característica do evento: a sua contínua transformação.
Cada autor abordou um momento da história das bienais de modo ensaístico e crítico. O livro conta ainda com uma pesquisa elaborada de imagens, muitas delas inéditas, colhidas do Arquivo Wanda Svevo, da própria Fundação Bienal e de outras fontes.
“Em vez de trazer uma abordagem enciclopédica de cada edição, preferimos que os autores tivessem a liberdade de escolher diferentes recortes. Alguns se debruçaram sobre uma edição específica, outros, sobre uma obra, a influência de um personagem ou o momento histórico de uma edição. Desta forma, temos um livro que não tem a pretensão de esgotar a história da Bienal, pelo contrário, é uma obra expansível“, explica Paulo Miyada.
Além do livro, já foi lançado também um podcast, em parceria com o Grupo Folha e um filme/documentário está sendo produzido com o Itaú Cultural.
Essas iniciativas foram criadas por um um comitê extraordinário formado dentro do conselho da Fundação. “O livro faz parte dessas comemorações, que também incluem a reedição da nossa linha do tempo, 10 podcasts, um mini-doc sobre o Arquivo Histórico Wanda Svevo e uma série de depoimentos em vídeos que resgatam a história de um evento que se confunde com a história da cidade de São Paulo“, diz José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal. “A Bienal de São Paulo é a segunda mais antiga do mundo, Veneza é a primeira. As iniciativas para celebrar esse legado são uma forma de abrir diálogos para repensar as influências e o contexto das exibições ao longo dos anos”, explica.
O evento de lançamento acontecerá no Auditório do Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera, com entrada gratuita e aberta ao público. A partir das 14h30 e com mediação do organizador Paulo Miyada, três mesas de conversas entre alguns autores dos ensaios irão abordar temas relacionados à história da Bienal. Às 19h acontecerá o lançamento do livro.