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6 exposições para conferir em Los Angeles

Depois de um ano fechados, museus da cidade foram autorizados a reabrir a partir desta semana; enquanto eles preparam suas reaberturas, veja algumas mostras imperdíveis que estão acontecendo em galerias

por Jamyle Rkain


Fechados por quase um ano, desde que os casos de coronavírus começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo, os museus de Los Angeles foram autorizados a reabrir na última semana. No início de janeiro, a cidade registrava 50 mil casos por dia, agora registra por volta de 3 mil. Isso graças aos esforços para vacinar o máximo de pessoas possível diariamente. A Califórnia bateu recorde de vacinação na última semana, tendo imunizado 1 milhão de pessoas em um período de dois dias! Los Angeles já tem, inclusive, calendário para vacinar menores de 18 anos.

Nenhum dos museus, porém, abriu imediatamente após a autorização. Cada um, de forma individual, pontuou datas para reaberturas a partir do mês de abril, tirando as próximas semanas para preparar os espaços para receber os visitantes com segurança e preparar as exposições, levando em conta as orientações das autoridades, como o fato de que os espaços poderão receber apenas com 25% do público total.

Desta forma, o LCMA será um dos primeiros a receber público, começando no dia 1 de abril. Já o Hammer Museum, por exemplo, abrirá apenas no dia 17 de abril, com a exposição coletiva Made in L.A. 2020. Já o The Broad irá abrir apenas em maio! O MOCA (Museum Of Contemporary Art) soltou uma nota na qual diz que o museu será reaberto ainda nesta temporada, embora ainda não especifique a data.

Enquanto os museus se preparam para receber o público e também suas equipes com segurança, as galerias de arte têm exposições imperdíveis em cartaz. Colocadas em uma categoria diferente, sendo consideradas espaços de comércio, as galerias puderam reabrir mais cedo que os museus e instituições culturais no geral. O fechamento de espaços de atividade cultural e de lazer (museus, aquários e zoológicos) gerou uma perda total de US$ 5 bilhões em Los Angeles, segundo levantamento realizado pela Associação de Museus da Califórnia.

Confira abaixo seis mostras para ver em LA enquanto os museus preparam as reaberturas!

Amy Sherald: The Great American Fact, na Hauser & Wirth
De 20 março a 6 de junho de 2021

Amy Sherald, A bucket full of treasures (Papa gave me sunshine to put in my pockets…), 2020. FOTO: Cortesia da artista

Considerada uma das das maiores retratistas contemporâneas dos EUA, a artista Amy Sherald vai apresentar sua primeira exposição individual na galeria, reunindo pinturas que produziu recentemente. The Great American Fact, título que faz referência a livro da educadora Anna Julia Cooper lançado em 1892, terá cinco obras que foram realizadas por ela no ano de 2020 e que são exemplares muito consistentes da técnica da artista, que é aclamada por suas pinturas de negros americanos, adentrando a tradição dos retratos sociais que por ao longo de muito tempo excluiu pessoas negras.

Gerhard Richter: Cage Paintings, na Gagosian
Até 3 de abril de 2021

Considerando discussões abordadas por John Cage, ícone da música experimental, acerca de temas como a disciplina, o acaso e a coincidência, o afamado pintor Gerhard Richter realizou uma série de telas as quais chamou de Cage Paintings. Anteriormente programada para terminar no final de janeiro, a exposição na Gagosian de Los Angeles que reúne algumas obras desta série e também desenhos feitos pelo artista durante 2020 foi prorrogada e agora recebe o público até o próximo dia 3 de abril. Em seguida, a mesma exposição viajará para Nova York.


Luam Melake: Sensitive Forms, na Parker Gallery
Até 27 de março de 2021

Luam Melake, Talismanic Quilt, 2020.

Estreia da artista Luam Melake na galeria Parker, a mostra Sensitive Forms pode ser visitada até o dia 27 de março! Na exposição, estão reunidas esculturas têxteis de paredes que foram produzidas pela artista à mão no tear! Também são apresentados móveis modulares que ela realizou durante uma residência no Bemis Center for Contemporary Arts em 2019. O conjunto de trabalhos que estão na exposição combinam a experiência da artista com arquitetura e design, sendo produzidos com materiais industriais comuns, como espuma de poliuretano, tubos de borracha e látex.

Asuka Anastacia Ogawa, na Blum & Poe
De 23 de março a 1 de maio de 2021

Asuka Anastacia Ogawa, Untitled, 2021


Depois de realizar uma exposição na sede da galeria em Tóquio em 2020, a artista nipo-brasileira Asuka Anastacia Ogawa leva suas pinturas figurativas em grande escala para o espaço da Blum & Poe em Los Angeles! Aos 3 anos de idade, Asuka veio morar com sua família em uma fazenda em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, onde ficou até os 16 anos, indo estudar na Suécia em seguida. Hoje ela mora entre Nova Iorque e Los Angeles, sendo conhecida por realizar essas pinturas nas quais os múltiplos lugares nos quais viveu fazem toda a diferença, pois elas afirmam sua identidade por meio de imagens que se estabelecem fora do tempo e do espaço.

David Hockney: My Normandy, na LA Louver
Até 1 de maio

David Hockney, In the Studio, 2019. FOTO: Jonathan Wilkinson

Desde 1978, o artista David Hockney, expoente da pintura contemporânea, já realizou mais de 20 exposições junto à galeria LA Louver, sendo esta é a 22ª! Em My Normandy, ele apresenta dezesseis gravuras recentes, incluindo onze gravuras de desenhos originais, três Impressões de iPad e duas impressões de frisos de 12 metros de comprimento! Essas obras foram criadas a partir de um período que o artista passou na região rural da Normandia, França, tendo chegado lá em março de 2019, onde se instalou em um imóvel tradicional do século 17, transformando o celeiro num estúdio no qual pôde observar as mudanças das estações.

Lucy Bull: Skunk Grove, na David Kordansky Gallery
De 20 de março a 1 de maio de 2021

A David Kordansky Gallery irá abrir três exposições no próximo dia 20 de março, com destaque à uma individual com pinturas recentes de Lucy Bull, artista nascida em Nova Iorque e que atualmente vive e trabalha em Los Angeles! A organização da mostra, intitulada Skunk Grove, destaca os trabalhos da artista como “obras viscerais que apelam diretamente aos sentidos”. Isso porque elas evocam questões sonoras, táteis e até mesmo emocionais “que fogem da lógica racional e são únicos para cada espectador”.

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