A plataforma digital BICA, que funciona como um espaço para investigação artística, estreou em seu site a exposição PULSO, com curadoria de Leandro Muniz. No ar até 7 de julho, esta é a primeira exposição que é realizada pela plataforma e evoca uma ideia de pulsação, que sugere a vida e a morte das imagens. Desta forma, a mostra é inteiramente composta por obras em formato gif, que causam essa sensação de pulsação e embaralha a noção de começo e final.
Participam da mostra artistas os artistas Lenora de Barros, Wisrah Villefort, João Loureiro, Giovanna Langone, faemyna, Sindy Paloma, Yná Kabe, Rodriguez Olfenza, Flora Leite, Maura Grimaldi, Bruno Alves, Renato Pera + Caio Fazolin, Marina da Silva e George Teles. Em seus trabalhos, estão evidenciados temas diversos, como discussões sobre sexualidade, violência, linguagem e identidade, dentre outros.
Em texto sobre a exposição, a BICA pontua também o fato do GIF ser um formato de alta circulação na web e propõe “testar suas possibilidades estéticas, críticas e políticas”. O curador explica como se deu a seleção dos artistas: “Me interessa pensar como a lógica da repetição ou o uso de materiais e imagens reprodutíveis já estavam presentes nos lambes de Lenora de Barros ou nas esculturas de João Loureiro, encontrando um nexo com o formato gif no interior dessas pesquisas”.
Além da exposição PULSO, a BICA também inaugurou um projeto de ocupação, que entre maio e julho receberá respectivamente obras dos artistas Rafael Segatto, Sol Casal, Luiza Navarro, Simon Fernandes, Bruno Rios, Rafael Adorján, Ana Hupe, Samuel Tomé, Mariana Par, Jonas Arrabal e Mateus Chiatti.
Intitulado ONLINE ONSITE, esse projeto de ocupação hospedará uma obra diferente por semana, realizadas pelos artistas convidados e que partem de uma proposta pensada e/ou adaptada para as mídias digitais, com o intuito de “construir espaços de circulação virtual como alternativa aos lugares de compartilhamento de obras e processos de criação”. A primeira obra, por Rafael Segatto, se chama Até o mar acabar com os peixes, e surge a partir de movimentos de encontros que ele promoveu com outros artistas, como Castiel Vitorino Brasileiro, Débora Flor e Charlene Bicalho, pensando em como “construir caminhos e possibilidades que levam ao mar”.