Mostra na galeria de Marli Matsumoto reflete sobre a catástrofe moderna

A exposição conta com obras de artistas renomados como Anna Maria Maiolino, Ana Linnemann e Cildo Meirelles ao lado de jovens talentosos

por Beta Germano
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Mulher fita, de Julia Panadés
Mulher fita, de Julia Panadés

Depois de inaugurar sua nova galeria em uma casa  modernista dos anos 70 na Vila Madalena com uma exposição que questionava o espaço doméstico, íntimo e protegido que vivenciamos durante a pandemia, Bolhas Siderais Marli Matsumoto apresenta mais uma exposição curada por Juliana Monachesi. Espumas Siderais é, na verdade, uma espécie de continuação da primeira mostra, também curada por Monachesi. Se no primeiro momento ela questiona as possibilidades de sair “da bolha” segura, para os suficientemente privilegiados, agora a intenção é discernir a esfera política e social da catástrofe moderna do mundo que nos cerca. 

Eurídice da série Peludinhos, Élle de Bernardini
Eurídice da série Peludinhos, Élle de Bernardini

Uma vez fora da bolha, como agir ou reagir?  Espumas invadem a galeria furiosamente:  é hora de enfrentar a guerra das formas de vida e dos produtos de informação; a emergência dos sistemas de imunidade; e os futuros possíveis, necessariamente dissidentes, orgânico-metamorfos, compartilhados, telúrico-esferoatmosféricos.

Alguns dos artistas e obras apresentados na primeira mostra também estão presentes nesta nova camada da curadoria, mas rearranjados e ressignificados. Novos nomes e peças entram para ampliar a discussão proposta na primeira coletiva. Vale a visita e a reflexão. Entre os destaques estão os trabalhos de Ana Linnemann , Anna Maria Maiolino, Raphaela Melsohn, Jorge Macchi  e Pedro França.

Queria te engolir, Raphaela Melsohn
Queria te engolir, Raphaela Melsohn

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