Morre Efrain Almeida, artista que esculpiu o Ceará

Nessa segunda-feira, 23 de setembro, perdemos Efrain Almeida, um grande artista contemporâneo muito querido, conhecido por criar esculturas inspiradas nas cenas cotianas do Nordeste brasileiro, sendo criador de uma visualidade…

por Redação
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Efrain Almeida na Exposição ‘Encarnado’, que ocupou o Centro Cultural do Cariri. Fotografia de Samuel Macedo

Nessa segunda-feira, 23 de setembro, perdemos Efrain Almeida, um grande artista contemporâneo muito querido, conhecido por criar esculturas inspiradas nas cenas cotianas do Nordeste brasileiro, sendo criador de uma visualidade como nenhuma outra. Sua morte precoce, com apenas 60 anos, veio em decorrência de uma parada cardíaca. O artista cearense faleceu no Rio de Janeiro, cidade em que viveu sua adolescência e decidiu fazer da arte a sua vida.

Por meio de esculturas, aquarelas e desenhos, o artista representado Fortes D’Aloia & Gabriel combinou as técnicas e o vocabulário dos entalhadores do sertão e dos santeiros católicos, com aspectos de sua biografia pessoal, criando composições líricas. Efra, como era carinhosamente apelidado, gostava de pintar diversos tipos de aves, fazendo referência tanto às características de suas regiões nativas quanto às memórias de infância do artista. A iconografia cristã também era recorrente em sua produção, por meio de figuras de membros do corpo, como pés, mãos e cabeças, evocando a ideia do ex-voto.

Nas palavras de Stella Teixeira de Barros, em Apropriações antropofágicas, “a relevância crítica das pequenas esculturas de Efrain Almeida acirra, com humor acre, o sentido agudo de suas origens no artesanato popular e em especial nos ex-votos. Figurinhas crispadas ou segmentos de mãos ofertantes, suas imagens perdem o significado da imitação para deslocar-se para um discurso que tangencia a Pop Art, mas que sobretudo se põem em busca de novos significados, à procura de uma amplitude que imprima ostensivamente uma independência no trato com a tradição e com as informações oriundas dos grandes centros emissores de cultura.”

Sua poética da produção do autor dos icônicos passarinhos continuará a voar, alcançando muitas gerações que estão por vir, e sua memória vive com carinho nos corações de sua família e amigos do circuito.

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