Mais antigo programa de residência artística internacional do país, o Capacete lançou uma convocatória para residentes e pesquisadores fluminenses, em parceria com o MAM Rio. Sob nova gestão desde janeiro, liderada pelo diretor-executivo Fabio Szwarcwald, o museu fez a parceria para criar um programa que vai abrigar 12 artistas, a partir de agosto deste ano, durante cinco meses, com auxílio de R$ 750 a R$ 1 mil. As instituições estão organizando, ainda, um segundo programa que oferecerá seis bolsas de pesquisa , com auxílio mensal de R$ 1.500 por pessoa, ao longo de um semestre, a partir de setembro. Enquanto o distanciamento social for necessário para combater o COVID-19, as residências acontecerão no formato on-line e, no futuro, as versões presencial serão no próprio museu.
Com o olhar voltado para os profissionais do campo das artes e áreas relacionadas – com trajetórias de no mínimo três anos para as residências e de cinco anos para as bolsas – a convocatória visa apoiar e fomentar o pensamento artístico enquanto forma saudável de ação e relação no mundo. Partindo de seis eixos-temáticos, a convocatória para bolsas de pesquisa pretende atrair profissionais que estejam ou queiram engajar-se com: a arquitetura do MAM; arte e pedagogia; saberes e causas indígenas; arte africana diaspórica; museu e biodiversidade; e, ainda, espaços de arte experimentais e espaços de arte autônomos.
A divulgação dos 12 selecionados para o programa de residência será no dia 3 de agosto, através das redes das duas instituições. Em 17 de agosto, a equipe MAM | Capacete informará os seis selecionados para o programa de bolsas de pesquisa. A partir deste mês o CAPACETE, como parte do processo de transformação e dos planos da nova gestação no museu, inicia a transferência de parte de suas atividades para os espaços virtuais e presenciais do MAM, integrando-se a construção e revitalização do Bloco Escola. Estas atividades compreenderão seminários, oficinas, workshops, exposições e apresentações públicas, integradas ao núcleo de programação artística do MAM.
“O MAM está apoiando os processos que sustentam a teoria-prática da arte, buscando a reflexão da mesma a partir do novo cenário que se apresenta pela frente. A parceria com o Capacete sinaliza que o museu se permite ser uma instituição mais orgânica e conectada com a sociedade”, afirma Szwarcwald. “A parceria é importante pois direciona foco e apoio a pessoas que trabalham com arte, se apresentando atenta ao processo de continuidade de construção e manutenção do pensamento-prática que constitui nossas imagens de futuro, passado e presente, algo que hoje não podemos perder de vista. O fazer arte e o estar em contato com arte é da ordem da conexão do humano com sua posição e seu sentido de estar no mundo, e disso precisamos agora”, analisa Camilla Rocha Campos, diretora-artística do Capacete e coordenadora dos programas.