Desde que a estátua de Edward Colston, um comerciante de escravos britânico, foi derrubada em Bristol, na Inglaterra, durante uma manifestação em apoio ao movimento Black Lives Matter, muito se passou a ser discutido sobre estátuas ao redor do mundo que homenageiam figuras históricas que colaboraram com a opressão grupos ou de povos no geral.
Tem sido questionada a legitimidade de se destruir esses símbolos controversos, de simplesmente retirá-los dos locais ou de, ao menos, ressignifica-las de acordo com o papel histórico violento, autoritário e brutal daqueles que são representados. Para a surpresa de todos, o prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio, emitiu um comunicado nesta semana sobre a remoção da estátua de Theodore Roosevelt da fachada do Museu Americano de História Natural.
A decisão foi tomada após o próprio museu fazer a requisição ao prefeito. Na mensagem, o prefeito conta que o pedido da instituição aconteceu por chegarem à conclusão de que a estátua “descreve explicitamente negros e indígenas como subjugados e racialmente inferiores”.
O prefeito ainda afirmou que a cidade apoia o pedido do museu e que acredita que é a decisão correta e o momento correto para fazer isso. Até o bisneto de Roosevelt, Theodore Roosevelt IV, que é um dos administradores do museu, concordou. Já o presidente Donald Trump, que vem demonstrando aborrecimento com os protestos antirracistas, considerou a decisão “ridícula” em uma postagem em seu Twitter.
O entendimento do museu sobre a simbologia racista da estátua não foi construído apenas agora. Desde 2016 há uma movimentação sobre a retirada desses “monumentos” da cidade. Na época, uma carta aberta que fazia essa crítica foi assinada por muitos acadêmicos e artistas. Além de “Teddy” Roosevelt, uma estátua de Cristóvão Colombo e outra de Winston Churchill também foram citadas na carta.