É com aperto no coração que nos despedimos de J. Borges, grande mestre da xilogravura e da arte popular brasileira. Ele faleceu hoje (26) por causas naturais, aos 88 anos, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, seu lar por toda a vida. Foi nessa cidade em que ele fez seus primeiros cordéis, ainda com 10 anos de idade.
O autodidata natural de Bezerros (PE), iniciou sua carreira como cordelista, escrevendo e ilustrando suas próprias histórias, e rapidamente se destacou por criar um estilo único e expressivo por meio de xilogravuras em preto e branco, com alguns poucos pontos de cor. Capturando cenas do cotidiano, festas populares e contos do sertão, J. Borges levou um pouco da cultura pernambucana para o mundo, tendo exposto nos Estados Unidos, França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba.
Até março de 2025, seu legado pode ser visitado no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro, na exposição “J. Borges – O Sol do Sertão”. Com mais de 200 peças exibidas, a individual é a mais abrangente da carreira do artista.