Vista da exposição “Olga de Amaral” no Institute of Contemporary Art, Miami, realizada em parceria com a Fondation Cartier pour l’art contemporain, de 1º de maio a 12 de outubro de 2025. © Olga de Amaral. Foto: © 2025 Kris Tamburello
O ICA Miami, em colaboração com a Fondation Cartier pour l’art contemporain, apresenta uma grande retrospectiva da artista colombiana Olga de Amaral, reunindo mais de 50 obras produzidas ao longo de seis décadas. A mostra inclui trabalhos recentes e históricos, alguns deles nunca exibidos fora de seu país natal. A apresentação em Miami sucede o enorme sucesso da exposição em Paris, na Fondation Cartier.
A mostra revela a amplitude e complexidade da prática de Amaral, destacando períodos cruciais de sua carreira — desde suas explorações coloridas em torno da grade até experimentações com materialidade e escala.
As esculturas e instalações de Amaral expandem os limites da arte têxtil, frequentemente combinando técnicas de tecelagem, amarração e trançado para criar formas abstratas tridimensionais impactantes. Seus primeiros experimentos, datados dos anos 1960, são fortemente inspirados pela natureza e utilizam técnicas de tecelagem não convencionais. Na década de 1970, Amaral desenvolveu um conjunto de obras murais monumentais, nas quais sobrepôs camadas de lã e crina de cavalo, evocando paredes de tijolos, folhas e formações geológicas. Suas investigações também a levaram a experimentar com tinta, linho, algodão, gesso, folha de ouro e paládio.
Desafiando as narrativas entre modernismo e artesanato, sua linguagem escultural única dialoga tanto com o modernismo da Bauhaus e o construtivismo quanto com a arte pré-colombiana e as tradições indígenas de tecelagem. A exposição inclui as obras da série “Estelas” (1996–2018), marcadas pelo uso vibrante de folha de ouro, que refratam e absorvem a luz, remetendo ao trabalho em ouro de culturas pré-colombianas e a esculturas funerárias de sítios arqueológicos pré-hispânicos. Já a série mais recente da artista, “Brumas” (2013–2018), composta por formas etéreas suspensas no teto, aproxima os modernismos geométricos das camadas históricas e sensoriais da paisagem.
Olga de Amaral (n. 1932, Bogotá) estudou arquitetura no Colegio Mayor de Cundinamarca, na Colômbia, e design têxtil na Cranbrook Academy of Art, em Michigan. Suas exposições individuais recentes incluem a Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris (2024-2025); o Currier Museum of Art, Manchester, NH (2024); o Cranbrook Art Museum, Michigan (2021-2022); o Museum of Fine Arts, Houston (2021); e o Museo de Arte Moderno de Bogotá (2017). Suas obras foram incluídas em diversas mostras coletivas ao redor do mundo, como “Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere”, na 60ª Bienal de Veneza; “Weaving Abstraction in Ancient and Modern Art”, no Metropolitan Museum of Art, Nova York; e “Subversive, Skilled, Sublime: Fiber Art by Women”, no Smithsonian American Art Museum, Washington D.C. (todas em 2024); além de “Woven Histories: Textiles and Modern Abstraction”, apresentada no LACMA, Los Angeles (2023), National Gallery of Art, Washington, D.C. (2024), National Gallery of Canada, Ottawa (2024), e no MoMA, Nova York (2025), entre muitas outras. Suas obras integram importantes coleções públicas e privadas, como a Tate Modern, Londres; o Museum of Modern Art, Nova York; a Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris; o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris; e o Art Institute of Chicago.
O projeto expográfico das mostras em Paris e Miami foi desenvolvido pela premiada arquiteta Lina Ghotmeh, fundadora do escritório internacional Lina Ghotmeh – Architecture, com sede em Paris. Ghotmeh concebeu um “bosque vertical”, no qual as obras parecem crescer organicamente dentro da galeria — uma referência direta às fontes de inspiração de Amaral. Recentemente, Ghotmeh venceu o concurso para liderar a reforma das galerias da ala oeste do British Museum.
A exposição Olga de Amaral foi concebida pela Fondation Cartier pour l’art contemporain, com curadoria de Marie Perennès, e é copresentada pelo Institute of Contemporary Art, Miami, com curadoria de Stephanie Seidel, curadora Monica and Blake Grossman do ICA Miami.
O projeto conta com apoio adicional da Galeria La Cometa, em Miami, e da Lisson Gallery, em Nova York. As exposições do Institute of Contemporary Art, Miami, são apoiadas pela Knight Foundation.
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