Ana Mae Barbosa em Rondônia durante encontro da Federação de Arte Educadores do Brasil, s.d.
O nome é simples: Ana. Já o segundo nome não é o que parece: Mae, que se pronuncia “Mei”, e muitas vezes é confundido com “mãe”. Mero detalhe diante da grandeza desta arte-educadora, nascida em 1936 no Rio de Janeiro e crescida em Recife, e do afeto que dedica a quem estuda com ela, à família e amizades. A sua vida e carreira têm como foco a defesa do ensino das artes nas escolas, universidades, museus e políticas públicas e garantir o direito do ensino das artes nos currículos e no cotidiano do país. Ela parte do que denominou Abordagem Triangular, proposta baseada em três pilares: leitura da imagem, a contextualização e o fazer.
A Ocupação Ana Mae Barbosa, dedicada à sua extensa trajetória – são 70 anos de carreira –, abre na primeira quarta-feira de abril, dia 2, na sala Multiuso, no segundo andar do Itaú Cultural. Segue em cartaz até 13 de julho. No total, a exposição se desdobra em 300 itens que passam pela sua biografia, que a levou a se tornar precursora da arte-educação no Brasil – a partir dos anos de 1950/1960, seguindo até hoje. Há documentação, materiais audiovisuais, livros disponibilizados para manuseio – só os publicados por ela, são mais de 30 –, obras, documentos nunca vistos, desenhos, catálogos, jornais, cadernos e curiosidades.
A curadoria desta Ocupação, que é a 68ª da série, é de Clarissa Diniz, pesquisadora, educadora e crítica de arte. A co-curadoria é da equipe Itaú Cultural e o apoio para a pesquisa curatorial é do também arte-educador Rodrigo Ferreira. O projeto expográfico é de Thereza Faria.
“A trajetória e o pensamento de Ana Mae são fundamentais não somente para a defesa do ensino das artes nas escolas, como também para a consolidação da atuação de arte-educadores na universidade, no ensino não formal, na concepção, pesquisa e curadoria de exposições”, conta Tayná Menezes, gerente do Núcleo de Medição e Relacionamento do Itaú Cultural, que organiza esta Ocupação. “Queremos apresentar este universo sensível, denso e multicultural de Ana Mae Barbosa”, completa ela sobre a homenageada que, em 2017, recebeu o Prêmio Itaú Cultural – 30 anos, na categoria Aprender.
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