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“Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena em debate com o modernismo” na Casa Zalszupin

16 março -10:30 até 22 junho -15:30

Créditos: Ruy Barbosa.

De 16 de março a 22 de junho, a Casa Zalszupin, localizada no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo, receberá obras selecionadas pela curadora Lilia Moritz Schwarcz para a exposição Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena em debate com o modernismo. Dentre eles estão: Agnaldo dos Santos, Artur Pereira, Aurelino dos Santos, Ayrson Heráclito, Daiara Tukano, Flavio Cerqueira, Gê Viana, Genaro de Carvalho, Gustavo Caboco, Heitor dos Prazeres, Iêda Jardim, J. Cunha, JaiderEsbell, Jayme Figura, José Adário dos Santos, Lidia Lisbôa, Madalena dos Santos Reinbolt, Márcio Vasconcelos, Maria Auxiliadora, Mestre Didi, Miguel dos Santos, Nadia Taquary, Paulo Pires, Rubem Valentim, Sidney Amaral, Silvana Mendes, Sonia Gomes e Zimar.

O objetivo é “colocar em diálogo a tradição e o contemporâneo, afastando classificações próprias docânone artístico ainda muito eurocêntrico, que jogou para o lugar do “artesanato”, ou da “arte popular e naîve”, toda uma produção que explode na sua brasilidade e qualidade, desafiando o conceito mais estabilizado de modernismo. Ela pede pelo plural: modernismos”, diz a curadora.

No ano em que se completam 200 anos da primeira Constituição Brasileira, a mostra reflexa e tensiona a própria gênese de um país historicamente socializado por uma ordem colonial, branca, masculina, europeia e, por demais, vinculada às elites econômicas, e que, reservou às populações negras, indígena e às artistas mulheres um lugar de silêncio: secundário.

Esta exposição pretende, assim, homenagear artistas que durante muito tempo ficaram fora dos espaços consagrados dos museus e das grandes exposições, e trazer para uma casa modernista, icônica e simbólica, como esta, do arquiteto e designer polonês radicado no Brasil, Jorge Zalszupin, uma produção que dialoga com o local – com suas formas, seus materiais, seu jardim – assim como faz uma referência à decoração original do imóvel.

Zalszupin viveu durante 60 anos nesse endereço, que foi decorado e projetado por ele, com uma arquitetura modernista que dá lugar a espaços que acolhem, e a um jardim que invade a casa, sendo difícil separar o dentro do fora: o externo do interno. “Nela vemos se estabelecer uma conversa equilibrada entre o piso de cerâmica rústica, com a parede rugosa, uma superfície de pedra em diálogo com a escada vazada pelos degraus de jacarandá, vidros coloridos nas janelas disputando espaço com o concreto, o qual, por sua vez, resolve e estrutura tudo”, escreve a curadora.

E ainda complementa: “Pois bem, inspirada por esse ambiente modernista proponho incluir outros modernismos para habitar provisoriamente esta Casa. Os modernismos de raiz afro-brasileira e indígena. Nessa refundação, o áspero do concreto disputará espaço com o traçado forte da arte inspirada nos orixás; as pedras com os monumentos feitos com o mesmo material ou terminados com a cerâmica, o barro e o bronze; as formas que descrevem uma reta tensa em bate papo com os motivos mais arredondados das artes indígenas e de seus encantados”.

Detalhes

Início:
16 março -10:30
Final:
22 junho -15:30
Categoria de Evento:
Website:
https://www.casazalszupin.com/pt/exhibitions/21-direito-a-memoria-lilia-schwarcz/overview/

Local

Casa Zalszupin
R. Dr. Antônio Carlos de Assunção, 138 - Jardim America
São Paulo, SP Brasil
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