Na noite da última quarta-feira, 29/09, morreu em Minas Gerais o icônico escultor Mestre Maurino Araujo. Ele tinha 77 anos de idade e enfrentava, desde o ano passado, uma leucemia, que o deixou bastante debilitado. Maurino, porém, não faleceu da doença, mas sim por ter contraído o novo coronavírus, que evoluiu para um quadro grave de Covid-19.
O escultor começou a desenvolver trabalhos com madeira nos anos 60, vindo a se tornar um artista muito querido pelos amantes da arte popular após começar a exibir suas peças na famosa feira da Praça da Liberdade, na capital mineira.
Ele realizou diversas exposições pelo Brasil e pelo exterior, tendo exibido obras na Bienal de São Paulo, em 1976, e no II Festival de Arte e Cultura Negra da Nigéria, no ano seguinte. Suas obras compõem acervos de muitas instituições, como o Museu Afro Brasil, além de coleções privadas.
Mestre Maurino é mais uma vítima que a Covid-19 fez no circuito da arte brasileira, que já perdeu, dentre outros, o artista Abraham Palatnik, o colecionador Ricardo Brennand e a galerista Bia Perlingeiro desde abril.