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Curadora Júlia Lima convida artistas para fazer intervenções por São Paulo durante os dias que aconteceria o carnaval

Faixas, cartazes, bandeiras, estandartes, luminosos, pôsteres criados por 40 artistas serão vistos na rua e sem aglomeração

por Beta Germano
3 minuto(s)
Mariane Beline
Mariane Beline

Inquieta com a impossibilidade de curar e ver exposições durante o isolamento social para evitar o contágio do coronavírus, a curadora Julia Lima convidou 40 artistas para expor trabalhos antigos ou criar novas faixas, cartazes, bandeiras, estandartes, luminosos, pôsteres e intervenções que pudessem ser mostrados das janelas, fachadas e portões de suas casas e/ou ateliês ou em áreas externas.

Ninguém vai tombar nossa bandeira convida o público a sair para a rua não para aglomerar-se em blocos carnavalescos, mas sim para buscar as obras espalhadas por diversas regiões, como uma caça ao tesouro.  Deslocados dos espaços expositivos comuns, os trabalhos são exibidos de diferentes alturas e em contextos muito variados, afetados pelo seu entorno, pelas intempéries e pela própria vida da cidade. As obras, em sua maioria inéditas, poderão ser vistas até o dia 21 de fevereiro, e depois também integrarão uma publicação digital sobre a ação.

Livia Aquino
Livia Aquino

Mano Penalva
Mano Penalva

“Em meio a desmontes, censuras e precariedades no meio cultural, me pareceu importante tentar fazer algo que chamasse artistas a mostrar ou criar trabalhos novos que pudessem ser vistos da rua e, ao mesmo tempo, que também convidasse as pessoas a caminhar por essas vias, a céu aberto, explorando a paisagem em busca das bandeiras, estandartes e intervenções”, diz a curadora. “Entendo esses lugares como uma espécie de pele que separa o espaço privado do espaço público, que neste ano não será tomado pela folia”, completa.

Traplev
Traplev
Paul Setúbal
Paul Setúbal

Entre os artistas selecionados estão Ana Texeira, Bruno Novaes, Carla Chain, Felippe Moraes, Helô Sanvoy, Leandro Muniz, Mano Penalva, Marilá Dardot, Paul Setúbal, Raphael Escobar, e muitos outros. Para quem quiser aventurar-se pela cidade, há um mapa no site do projeto.

Em paralelo e em conjunto com a mostra que ocupará, também, o Centro Cultural da Diversidade, em São Paulo, será inaugurado o trabalho “Agoniza mas não morre” de Felippe Moraes, no viaduto Santa Efigênia. A obra em neon ficará instalada na janela de seu apartamento no Edifício Mirante do Vale, no Vale do Anhangabaú, e poderá ser vista da rua e do viaduto.

Ninguém vai tombar nossa bandeira 

Local: Ruas de São Paulo e Centro Cultural da DiversidadeEndereço: Rua Lopes Neto, 206 (mapa disponível no site  www.bandeiras.art )

Bruno Novaes
Bruno Novaes
Caroline Ricca Lee
Caroline Ricca Lee
Felippe Moraes
Felippe Moraes
O Teopicalista
O Teopicalista

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