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Cataclysm: The 1972 Diane Arbus Retrospective Revisited remonta exposição icônica após 50 anos

por Luciana Pareja
 Diane Arbus, A very young baby, N.Y.C. [Anderson Hays Cooper], 1968

Em julho de 1971, a nova-iorquina Diane Arbus tirava a própria vida, deixando atrás de si uma série de fotografias de pessoas comuns clicadas sem glamour, captando a singularidade que ela dizia tanto amar nas pessoas e no mundo.

O que a fotógrafa não imaginava é que sua retrospectiva póstuma no MoMA, exibida no ano seguinte, seria um sucesso tão grande de bilheteria que ainda hoje é a individual mais visitada do museu. 

Agora, no aniversário de 50 anos da mostra, a David Zwirner Gallery, em parceria com a Fraenkell, de San Francisco, apresenta Cataclysm: A Diane Arbus Retrospective Revisited, exibindo novamente em Manhattan a mesma lista de 113 obras da exposição original. 

Diane Arbus, Tattooed man at a carnival, Md. (1970)

A razão é uma só: além de ser sucesso de público, a reunião do trabalho de Arbus no MoMA causou rebuliço entre a crítica, que se dividiu entre lovers e haters, sem meio termo. 

No primeiro time, estava o crítico do New York Times Hilton Kramer, que escreveu: “o que Diane Arbus trouxe à fotografia foi uma ambição de lidar com o tipo de experiência que há muito tempo era o campo das artes ficcionais – romance, pintura, poesia e filmes – mas que tradicionalmente estava ‘fora dos limites’ da arte não-ficcional documental da câmera imóvel”.

Diane Arbus, Triplets in their bedroom, N.J. (1963)

Já entre os haters, a ensaísta Susan Sontag afirmou que “o trabalho de Arbus mostra pessoas que são patéticas, lamentáveis, como também horríveis, repulsivas, mas isso não desperta nenhuma empatia”.

A julgar pela grande audiência da mostra, o público discordou. As imagens de pessoas reais, sem disfarces, criaram conexão direta e positiva com os visitantes, que faziam filas imensas para acessar o museu. Acima de tudo, aproximaram a fotografia dos espectadores de artes visuais, ajudando a consolidar a linguagem como suporte artístico.
Com a remontagem, a David Zwirner Gallery retoma o cataclisma da exibição original após meio século, mostrando que o trabalho de Arbus segue relevante ainda hoje como uma coletânea de narrativas únicas que revelam em preto e branco a beleza estranha e singular do mundo. Para incluir na lista de exposições imperdíveis em NY neste setembro.

Serviço:

Cataclysm: The 1972 Diane Arbus Retrospective Revisited

Até 22/10

David Zwirner Gallery

Endereço: 537 West 20th Street, NY

Horário: terça a domingo, das 10h às 18h

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