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Bienal de São Paulo anuncia time de curadores de 2023

Coletivo curatorial da próxima exposição será composto por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel

por Beta Germano
2 minuto(s)
Diane Lima,  Grada Kilomba, Hélio Menezes, Manuel Borja-Villel
Coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo será composto por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel

Depois de um longo e denso processo que marcou a 34ª Bienal de São Paulo, a Fundação Bienal anunciou hoje o coletivo de curadores responsável pela próxima edição, que acontecerá em 2023: Manuel Borja-Villel, historiador da arte; Grada Kilomba, artista multidisciplinar, escritora e teórica; Diane Lima, curadora independente, escritora e pesquisadora; e Hélio Menezes, antropólogo, crítico e pesquisador, vão desenvolver o trabalho de curadoria do evento de forma descentralizada.

A instituição segue uma tendência mundial de priorizar produções coletivas e descentralizadas – caso da próxima Documenta de Kassel, que será curada por um coletivo de dez artistas, o ruangrupa, de Jacarta, na Indonésia, e da última edição da Frestas – Trienal de Artes, que contava, inclusive, com Diane Lima na equipe curatorial.  Hélio Menezes tem ganhado destaque no mercado de arte desde sua participação na mostra Histórias Afro-Atlânticas e pela programação do CCSP – ele foi o responsável pela curadoria do espaço nos últimos 2 anos. A portuguesa Grada Kilomba é outra intelectual muito bem recebida no Brasil, principalmente depois do sucesso de seu livro Memórias da plantação: Episódios de racismo cotidiano, editado pela Cobogó, e sua individual na Pinacoteca de São Paulo. A artista também foi protagonista de uma discussão a respeito da representação portuguesa na Bienal de São Paulo. Já Manuel Borja-Villel, diretor do Museu Reina Sofía desde 2008, se destaca por um importante processo de revisão do acervo do museu, incluindo um número significativo de mulheres artistas da América Latina. 

A decisão pela curadoria coletiva ressalta a decadência do autoritarismo dos curadores, que abrem mão do poder em nome da horizontalidade – não há a figura de um curador-chefe. “A complementaridade desses talentos tem potencial de gerar um resultado fantástico”, disse José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal. “A equipe curatorial se formou voluntariamente e a proposta nos cativou por ser ambiciosa e intrigante”, complementa. Já estamos ansiosos. 

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