Artistas sem galeria também têm espaço na 18ª edição da SP–Arte

O mais novo setor Radar SP-Arte conta com a participação de projetos especiais que ampliam o escopo da atuação da Feira.

por Giovana Nacca
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Público na SP–Arte 2021. Crédito: Divulgação SP–Arte

Além de mais de 100 galerias de arte, 30 galerias de design e 12 editoras, a maior feira de arte da América-Latina agora consolida seu papel de catalisador do mercado nacional das artes visuais e impulsionador da economia criativa da cidade.
Na primeira edição, durante a 18ª SP–Arte, o Radar SP–Arte trará uma exposição e um conjunto de estandes institucionais de coletivos e espaços autônomos de arte. 

A exposição, intitulada “Hora grande”, possui curadoria de Felipe Molitor que selecionou nove artistas com alguns critérios: que não possuem representação comercial; que moram ou tiveram alguma relação com a cidade de São Paulo; e que tivessem no máximo 10 anos de carreira sem nunca ter exposto na SP-Arte. Um dos objetivos é apresentar nomes em ascensão para o mercado e o grande público, favorecendo sua inserção profissional em todo o sistema da arte.

Os artistas selecionados foram: Allan Pinheiro (1993, Rio de Janeiro, RJ), Anitta Boa Vida (1985, Rio de Janeiro, RJ), Felipa Queiroz (1995, Porto Alegre, RS), Luisa Brandelli (1990, Porto Alegre, RS), Natalie Braido (1996, São Paulo, SP), Raphaela Melsohn (1993, São Paulo, SP), Simon Fernandes (1982, Fortaleza, CE), Tatiana Chalhoub (1987, Rio de Janeiro, RJ) e Yhuri Cruz (1991, Rio de Janeiro, RJ). Ambos não trabalham com linguagens tradicionais, investigando materialidades não-nobres ou o deslocamento de objetos, e expõem obras poéticas de menor apelo comercial. 

Yhuri
Yhuri Cruz, Monumento à Voz de Anastácia, 2019. Créditos: Reprodução

Por trás da seleção dos espaços autônomos e ONGs também houve o critério de optar por iniciativas de no máximo 5 anos, são eles: 01.01 Art Platform, Casa Chama, GDA, MT Projetos de Arte e Nacional TROVOA. Estas já trazem apresentações mais comerciais que contribuem não apenas com os artistas, mas também com o projeto.

“Bandeira Afro-Brasileira (em diálogo com David Hammons)”, Bruno Baptistelli, 2020 | Grupo GDA

O setor como um todo busca aproximar o mercado e o público de agentes autônomos (artistas, espaços autogeridos) que constituem o sistema de arte. É uma plataforma de promoção e contato, que expande a atuação estritamente comercial da Feira ao incentivar outras formas de conexão e diálogo, desde o centro do mercado da arte.

Além disso, em uma parceria inédita com o Instituto Inclusartiz, a SP–Arte premiará um dos artistas participantes com uma bolsa-residência de dois meses no Rio de Janeiro. O júri será formado por Fernanda Feitosa, diretora da SP–Arte, e Frances Reynolds, fundadora do Inclusartiz.

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