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Terceira edição da Aberto ocupa as residências de Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira

Conversamos com o curador Filipe Assis, que abre as portas de mais duas casas icônicas de São Paulo para o público acessar obras de arte inéditas

por Carolina Reis

Vista interna do ateliê de Tomie Ohtake em sua residência no Campo Belo, São Paulo. Imagem de Nelson Kon.
Vista Casa-Ateliê Tomie Ohtake. Créditos: Nelson Kon.

Anish Kapoor, Adriana Varejão, Sandra Cinto, Erika Verzutti, Luiz Roque, Tunga, Laura Vinci e diversos outros nomes de peso na arte contemporânea internacional. Essa é apenas uma amostra da seleção feita por Filipe Assis, fundador e curador da Aberto, exposição que acontece dentro de casas projetadas por renomados arquitetos brasileiros.

A partir do dia 11 de agosto, próximo fim de semana, o público poderá agendar sua visita às casas modernistas, de estilo brutalista, feitas no começo da década de 1970, nos bairros do Real Parque e Campo Belo, em São Paulo. 

A primeira edição, em 2022, que homenageou Oscar Niemeyer, contou com desenhos de projetos do arquiteto. Já no ano seguinte, o escolhido foi Vilanova Artigas, com obras de sua esposa Virginia. Já neste ano, os trabalhos dos artistas convidados ocupam as residências de Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira.

Para o curador, um pilar central desta edição é o legado familiar, que transcende as casas onde as homenageadas viveram e criaram suas obras à medida em que o trabalho delas vive através das novas gerações de suas famílias. Para a exposição, tanto o filho de Chu Ming, Alan, quanto o neto de Tomie Ohtake, Rodrigo, lançam suas coleções autorais de design.

Vista Casa-Ateliê Tomie Ohtake. Créditos: Ruy Teixeira / Divulgação Aberto

A casa-ateliê de Tomie Ohtake tem estilo concretista, mas também incorpora elementos de cor, reminiscente de suas próprias obras. Nascida em Kyoto e radicada no Brasil, a artista japonesa passou seus últimos anos de vida nesse espaço desenhado por seu filho Ruy Ohtake. 

Já a residência Chu Ming foi projetada pela própria arquiteta chinesa, que também era designer e criou os famosos orelhões, marcantes na cultura brasileira. A estrutura de concreto e vidro mostram como o trabalho dela visava melhorar a convivência e priorizar a funcionalidade. Um estilo arquitetônico feito não só para ser olhado, mas também experimentado.

Vista Casa Chu Ming Silveira. Créditos: Ruy Teixeira / Divulgação Aberto

Serviço

Aberto3

Local: Residência Tomie Ohtake e Casa Chu Ming
Endereço: Chu Ming – Rua República Dominicana, 327 – Real Parque, São Paulo
Tomie Ohtake – Rua Antonio de Macedo Soares, 1800 – Campo Belo, São Paulo
Data: De 11 de agosto a 15 de setembro
Funcionamento: De quarta-feira a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h)
Ingresso: R$30 – R$80 (cada casa)

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