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A cidade da Bahia, das baianas e dos baianos também | Aberto pela Aduana – Livro de Artista de Eustáquio Neves

Museu Afro Brasil, São Paulo

por Julia

Como parte das comemorações dos seus 15 anos, o Museu Afro Brasil apresenta as exposições “A cidade da Bahia, das baianas e dos baianos também” e “Aberto pela Aduana – Livro de Artista de Eustáquio Neves”, ambas com curadoria de Emanoel Araújo.

Na primeira mostra, o núcleo central é composto pelo modernismo baiano, representado por uma robusta seleção de telas de Carlos Bastos (1925 – 2004), tapeçarias de Genaro Antônio Dantas de Carvalho (Salvador, Bahia, 1926 – 1971), esculturas em ferro ou “ferramentas de santo”, ligadas à religiosidade afro-brasileira, de José Adário dos Santos (1947), esculturas e gravuras de Rubem Valentim (1922 – 1991), além de jóias de Waldeloir Rego (1930 – 2001).

“A cidade da Bahia, das baianas e dos baianos também” reserva ao público a projeção de filmes ligados ao imaginário baiano como: “Barravento” (1962, 80 min., p&b), dirigido por Glauber Rocha; “Bahia de Todos os Santos” (1960, 101 min.), com direção de Trigueirinho Neto, além da série de documentários do projeto “Centenário de Alexandre Robatto Filho – Pioneiro do Cinema na Bahia”, que conta com os filmes “Entre o Mar e o Tendal” (1952-1953), “Xaréu” (1954), “Vadiação” (1954), Igreja” (1960), “Desfile dos 4 séculos” (1949), “O Regresso de Marta Rocha” (1955), “Um Milhão de KVA” (1949), “A Marcha das Boiadas” (1949), “Ginkana em Salvador” (1952), e “Os Filmes que Eu Não Fiz” (2013).

Paralelamente, “Aberto pela aduana – Livro de Artista de Eustáquio Neves” será a primeira exposição individual do premiado fotógrafo e artista multimídia mineiro em São Paulo desde 2015, quando exibiu “Cartas ao Mar”, também no Museu Afro Brasil. Aberto pela Aduana, além de ser o título da exposição, é o nome da principal obra da mostra, o “Livro de Artista de Eustáquio Neves”, produzido a partir da manipulação de materiais de arquivo do fotógrafo, desenhos, colagens entre outras técnicas. Apesar de ter uma estrutura geral semelhante a um livro, a obra é na verdade um objeto de arte que fala por si próprio. Segundo Eustáquio, o nome “Aberto pela Aduana” foi escolhido para estimular a discussão entorno das múltiplas violações do corpo negro, desde o tráfego negreiro aos dias atuais.

 

A cidade da Bahia, das baianas e dos baianos também
Aberto pela Aduana – Livro de Artista de Eustáquio Neves
Curadoria: Emanoel Araújo
Abertura: 07/05/19, 19h
Visitação: até 01/09/19; terça a domingo, 10h-17h
Museu Afro Brasil: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Parque Ibirapuera, São Paulo. Ingressos: R$ 6,00 (Meia: R$ 3,00); gratuito aos sábados

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