7 exposições para ver em Paris ao longo do mês de setembro

De individual do cineasta Lars von Trier a vitrais de Daniel Buren e uma mostra inédita de obras de uma grande coleção russa, confira uma programação imperdível de arte para este mês de setembro na capital francesa

por Jamyle Rkain
6 minuto(s)

Na última semana, a capital francesa recebeu a feira Art Paris 2021, que culminou com a abertura de uma série de exposições em museus, galerias e centros culturais pela Cidade Luz! Preparamos uma lista com algumas dessas exposições e outras que podem ser visitadas ao longo de setembro, incluindo uma mostra individual do cineasta Lars von Trier a vitrais de Daniel Buren, além de exposição inédita de obras de uma grande coleção russa e a primeira retrospectiva de Georgia O’Keeffe na França!

Lembre-se que para visitas exposições em Paris, é necessário apresentar um comprovante de vacinação contra a Covid-19. Clique aqui para saber mais.

Confira abaixo esta programação imperdível que preparamos para você!

Andra Ursuţa: Void Fill, na David Zwirner, até 9 de outubro

Vista da exposição.

A exposição individual da artista romena Andra Ursuţa na galeria David Zwirner apresenta novas esculturas de vidro fundido que se baseiam em uma obra que a artista realizou para a 58ª Bienal de Veneza, nas quais ela leva os objetos do cotidiano aos seus limites conceituais e físicos em um elaborado processo de coação e transformação. É a primeira exposição que a galeria realiza da artista desde que anunciou a sua representação na metade de 2020, sendo também sua primeira individual em solo francês. Clique aqui para ter acesso ao viewing room.

Lars Von Trier, na Perrotin, até 2 de outubro

A galeria Perrotin abriu pela primeira vez uma mostra do cineasta dinamarquês Lars von Trier, trazendo algumas obras fotográficas, sendo elas trechos da premiada filmografia do cineasta, sob curadoria de Anna Lena Vaney e Malou Lykke Solfjeld. O público poderá reconhecer cenas lendárias e icônicas dos filmes de Trier, como Dogville e Melancolia, propondo novas reflexões e um novo envolvimento do público com essas imagens. Essa experiência visceral propõe uma abordagem que visa transcender os limites dos afetos comuns, indo do naturalismo explícito a explosões estilísticas mais elaboradas, nas imagens que von Trier adaptou de forma consistente aos assuntos complexos que elas transmitem. Você pode também acessar o vieweing room da mostra clicando aqui.

Daniel Buren: Pavoisé, no Palais de l’Elysée, até fevereiro de 2022

A obra de Buren no Jardim de Inverno da instituição francesa.

O presidente da França, Emmanuel Macron, inaugurou nesta semana a instalação Pavoisé, idealizada pelo artista francês Daniel Buren. A obra foi instalada no Jardim de Inverno do Palais de l’Élysée, onde o telhado de vidro ganhou as três cores da bandeira nacional – azul, branco e vermelho – numa predominem rítmica típica dos trabalhos de Buren. Em seu discurso, Macron afirmou que “uma obra decididamente patriótica, profundamente efémera e eminentemente livre”. Cruzado pelos raios do sol, o vidro reflete os tons cintilantes da França em todo o espaço como em um balé em constante movimento.
O artista Daniel Buren tem uma individual com obras inéditas na Galeria Nara Roesler, em São Paulo, que pode ser visitada até o dia 23 de outubro.

Coleção Morozov: ícones da arte moderna, na Fundação Louis Vuitton, de 22 de setembro a 22 de fevereiro de 2022.

Vincent Van Gogh, La mer aux Saintes-Maries, Saintes-Maries-de-la-Mer, 1888

Esta mostra coletiva da coleção Morozov ocupará todas as galerias da Fundação Louis Vuitton, com obras-primas da Coleção dos irmãos Mikhaïl Abramovitch Morozov (1870-1903) e Ivan Abramovitch Morozov (1871-1921), como trabalhos de Van Gogh, Gauguin​​​​​ e Renoir. Organizada em um esforço colaborativo entre os museus russos Hermitage (São Petersburgo), Pushkin (Moscou) e Tretyakov (Moscou), é uma exposição que se confirma como um evento artístico excepcional em Paris, sendo a primeira vez que obras desta coleção notável são reunidas para uma apresentação fora da Rússia, com curadoria de Anne Baldassari. Confira aqui vídeo sobre a exposição.

Georgia O’Keeffe, no Centre Pompidou, até 6 de dezembro

Georgia O’Keeffe, Ram’s Head, White Hollyhock-Hills, 1935

Aproximadamente 100 obras de O’Keeffe estão em exibição na primeira retrospectiva da artista estadunidense na França, organizada pelo Centre Pompidou. Reconhecida como uma das maiores figuras da arte no século XX, a artista tem nesta mostra uma seleção de pinturas, desenhos e fotografias produzidas por ela, que estão propostas como uma revisão completa da sua trajetória artística.

Damien Hirst: Cherry Blossoms, na Fondation Cartier pour l’art contemporain, até 2 de janeiro de 2022

Vista da exposição na Fondation Cartier pour l’art contemporain, em fotografia de Thibaut Voisin

Primeira exposição individual de Damien Hirst em um museu na França, Cherry Blossoms traz 30 pinturas escolhidas pelo artista entre 107 telas da série homônima que marca o retorno do artista ao trabalho em seu estúdio. Foram três anos que Hirst dedicou a essa série, finalizada em novembro do ano passado. Todas as obras apresentadas nesta exposição são de grande formato, onde o artista trabalha o tema tradicional da pintura de paisagem e também os grandes movimentos artísticos do final do século XIX e do século XX, mas trazendo uma espécie de ironia lúdica para essas obras. Clicando aqui, você acessa a página da exposição.

Anni e Josef Albers: Arte e vida, no Musée d’Art Moderne de Paris, até 9 de janeiro de 2022

Anni Albers, Intersecting, 1962. Josef Albers Museum Quadrat, Bottrop © 2021 The Josef and Anni Albers Foundation/Artists Rights Society (ARS), NewYork/ADAGP, Paris 2021

O Museu de Arte Moderna de Paris apresenta uma mostra inédita dedicada a Anni e Josef Albers, com mais de trezentas e cinquenta obras, entre pinturas, fotografias, móveis, obras gráficas e têxteis, que têm um papel bastante significativo no desenvolvimento artístico dos casal de artistas! Organizada em colaboração com a Fundação Josef e Anni Albers, a mostra seguirá depois para IVAM (Instituto Valenciano de ArteModerno) em Valência, na Espanha. Além das obras, a mostra tem também uma vasta reunião documental sobre a vida e obra dos artistas e também um espaço totalmente dedicado às funções de docentes exercidas por eles.



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