A 33ª Bienal de São Paulo, intitulada “Afinidades Afetivas”, vai privilegiar a experiência individual do espectador na apreciação das obras, em detrimento de um tema que favoreceria uma compreensão pré-estabelecida. O título escolhido pelo curador Gabriel Pérez-Barreiro – apontado pela Fundação Bienal de São Paulo para conceber a mostra – remete ao romance de Johann Wolfgang von Goethe Afinidades eletivas (1809) e à tese “Da natureza afetiva da forma na obra de arte” (1949), de Mário Pedrosa.
O título não tem o intuito de dar direcionamento temático à exposição, mas caracteriza a forma de organizar a exposição a partir de vínculos, afinidades artísticas e culturais entre os artistas envolvidos. Como no texto de Pedrosa, há uma proposta de investigação das formas pelas quais a arte cria um ambiente de relação e comunicação, passando do artista para o objeto e para o observador. Presença, atenção e influência do meio são as premissas que norteiam a curadoria desta edição, numa reação a um mundo de verdades prontas, no qual a fragmentação da informação e a dificuldade de concentração levam à alienação e à passividade.
33ª Bienal de São Paulo – Afinidades afetivas
Abertura (para convidados): 05 e 06/09
Visitação: até 09/12/18; terça, quarta, sexta e domingo, 9h-19h; quinta e sábado, 9h-22h
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Parque Ibirapuera): Avenida Pedro Álvares Cabral, acesso pelo portão 3. Entrada gratuita