Home Dicas 11 esculturas imperdíveis no acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

11 esculturas imperdíveis no acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Um olhar sobre as obras escultóricas que fazem parte de uma das instituições de arte mais importantes do país e que ganharam bastante ênfase na mostra “Estado Bruto”, que se estende até 26 de agosto

por Jamyle Rkain

A exposição Estado Bruto, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), deve seguir aberta para visitação do público até o dia 29 de agosto. A mostra reúne mais de 100 esculturas que fazem parte do acervo da instituição, de artistas modernos e contemporâneos. A exposição é uma chance imperdível para que o visitante veja esculturas que estão no acervo e que há bastante tempo não eram mostradas, jogando luz e dando ênfase a este importantíssimo e clássico formato de arte.

Aproveitamos para passear um pouco sobre o universo escultórico que está presente no acervo do MAM Rio e escolhemos algumas dessas esculturas para comentar, construídas com materiais diversos, do bronze ao mármore, passando pela madeira e até mesmo com ovos e bonecos!

Confira abaixo a seleção.

Regina Vater, O Ovo Cósmico, 1988.

Esse trabalho de Regina Vater já apareceu algumas vezes aqui no AQA! O Ovo Cósmico de Regina Vater fala sobre uma percepção bem interessante sobre a existência da ideia de tempo… A palavra “time” (tempo em inglês) inscrita no ovo em letra adesiva nos alerta sobre a necessidade de saber esperar, de ter paciência e saber respeitar os processos, pois o tempo não pode ser acelerado: assim como é na gestação.

Gervane de Paula, Bomba atômica, 2002

O artista matogrossense Gervane de Paula cria uma escultura na qual abarca elementos encontrados no seu espaço cotidiano, daí a brincadeira no nome do trabalho, que é feito com coisas do dia-a-dia, coisas “caseiras”, de certa maneira. Esta obra foi incorporada ao acervo do MAM Rio em 2004.

Shirley Paes Leme, sem título, 1990

Auguste Rodin, Masque de l’homme au nez casse, 1864/1979

Um dos artistas mais importantes do século 19 e 20, o francês Auguste Rodin foi considerado o pai da escultura moderna. Não podemos deixar de citar aqui o Masque de l’homme au nez casse (1864/1979), um busto que está na coleção do museu desde 1981 e que já esteve presente em nove exposições da instituição. É a única obra do artista na coleção do MAM Rio. Esta obra é um exemplar bastante potente do estilo do artista que fez muito bem o uso do bronze em seus trabalhos que retratam figuras humanas de forma bastante realista.

Sérgio Camargo, Sem título, 1973

O artista Sérgio Camargo estudou na Argentina ao lado de outros grandes artistas como Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Ele é visto como um dos artistas brasileiros mais importantes do construtivismo e desenvolveu um tipo de procedimento próprio no seu fazer escultórico, que chamou de “geometria empírica”. Nesta peça de 1973, vemos um exemplar do tipo de escultura ousada que ele passou a criar com mármore a partir dos anos 60, material que veio a utilizar depois no decorrer de toda a sua trajetória.

Edival Ramosa, Casulo, à Nelson Mandela, sem data.



Márcia X, Reino Distante 1998

Esta é uma obra que ficou por quase duas décadas longe do olhar do público, guardada na reserva do museu, e que neste 2021 esteve presente na exposição Estado Bruto. Na peça, dois bonecos de plástico estão ajoelhados sobre suas coroas feitas de metal, cobertos por uma espécie de cúpula de vidro vermelha. É um objeto bastante conceitual criado pela artista, que é considerada bastante irreverente e iconoclasta.

Celeida Tostes, sem título, c. 1980

Maria Martins, sem título, c. 1940

Uma das duas obras que o MAM Rio tem da artista mineira em sua coleção, esta peça mostra bastante o porquê de Maria Martins ter sido considerada uma artista surrealista. Com formas que se afastam de uma acepção da figuração realista, a peça possui contornos um tanto orgânicos e livres, deformados e desfigurados. São formas que remetem a tentáculos, mas ao mesmo tempo levam a pensar nos cabelos de Medusa.

Waltercio Caldas, Linhagem, 1994

Mestre Didi, Opá Exin Ati Eye Meji, c. 1990

Aos oito anos, Mestre Didi foi iniciado no culto aos ancestrais (Egungun) da tradição iorubá da Ilha de Itaparica, na Bahia. O trabalho em questão, cujo título em português significa “O cedro do poder com dois pássaros”, reúne materiais como búzios, contas e palhas de palmeiras, que representam as entidades sagradas.

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