Veredas | Rosana Paulino: Búfala | Santiago de Paoli: Bebê Rasteja

Galeria Mendes Wood DM, São Paulo

por Julia
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Veredas
Esse aquém e além dos mapas: nonada
“Nonada”. A primeira palavra com a qual João Guimarães Rosa começa o Grande Sertão: Veredas, 1956. Ao contrário do que se especulou, nonada não é uma palavra inventada, os dicionários atestam o significado como pouca coisa, ninharia. Mas a palavra pode ser considerada como um exercício de apontaria do narrador que atira contra uma árvore. De praticamente nada o autor elabora uma grande travessia, existencial e telúrica, que é, enfim, uma grande negociação da existência com a terra. Ainda nas primeiras páginas, Rosa escreve: “O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho”. Nonada. Os artistas aqui presentes também exercitam a pontaria, buscam longe tudo aquilo que chamamos imagem. Eles são seres do sertão. Possuem uma forte ligação com Minas Gerais que aqui é muito menos identitária e muito mais uma disposição à travessia. Com uma distância que é simultaneamente geológica e geográfica, diversas são as obras que apresentam a experiência da terra.

 

Rosana Paulino: Búfala
A Mendes Wood DM São Paulo tem o prazer em apresentar “BÚFALA”, primeira exposição individual de Rosana Paulino na galeria. A mostra reúne trabalhos recentes e outros antigos da artista paulistana em diversas mídias como desenho, tecidos e esculturas. Paulino explora desde os anos 90 a historicidade da imagem e os efeitos de sua memória nas construções psicossociais, percorrendo assim diversas referências cruzadas entre a sua história pessoal e a história fenomenológica do Brasil tal como se constituiu no passado e existe hoje. Sua pesquisa compreende as construções de mitos como pilares não apenas estéticos mais influenciadores psíquicos, do lugar da mulher negra e além, do lugar da não-
existência da sua imagem.

 

Santiago de Paoli: Bebê Rasteja
Mendes Wood DM São Paulo tem o prazer de apresentar a primeira exposição individual do artista argentino Santiago de Paoli no Brasil. “Bebê Rasteja” reúne pinturas recentes em óleo sobre feltro, cobre, papelão e madeira. De Paoli desenvolve sua pintura em um campo peculiar da discussão sobre imagem, trazendo elementos cotidianamente observáveis como a lua, estrelas, objetos domésticos e genitálias. Essa simplicidade na construção da imagem é o contraponto aos materiais não-usuais no suporte do seu trabalho, aonde explora questões fundamentais da pintura como luz e cor.

 

Veredas
Rosana Paulino: Búfala
Santiago de Paoli Bebê Rasteja
Abertura:
23/11/19 16h-20h
Visitação: até 30/01/2020; segunda a sábado, 11h-19h
Mendes Wood DM: R. da Consolação, 3368, São Paulo. Entrada gratuita

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