Não é de hoje que a banda mais querida da Coreia do Sul vem se associando com as artes visuais. Depois do líder do grupo, RM, que já possui uma estreita relação com a arte contemporânea, atrair milhares de pessoas para a exposição do Philip Guston no Museu de Belas Artes de Boston, e do J-Hop! lançar a capa do single “More” anunciar capa do novo álbum, ambos em collab com o artista visual KAWS, chegou a vez da banda se unir com a plataforma Arts & Culture do Google, numa collab chamada BTS x Street Galleries.
A iniciativa consiste em cada membro do grupo escolher obras de sua preferência e locais para exibi-las nas fachadas virtuais no Google Street View. Muitos dos membros selecionaram locais que remetem a um momento histórico da banda, uma homenagem adequada, pois eles estão comemorando seu nono aniversário.
Cada um dos trabalhos são acompanhados de pequenos comentários dos membros da banda explicando o motivo da escolha daquela obra, mas a maioria foi justificado com alguma conexão com as suas próprias criações enquanto músicos e dançarinos.
A collab também é um enorme incentivo para o público mais amplo experimentar a nova função Street Galleries do Google e até a se interessar mais por arte como um todo. Na parte inferior do da tela, há um botão “Create Your Own” que permite aos usuários criar suas próprias Street Galleries usando e remixando imagens que a BTS já havia selecionado, além de mais algumas selecionadas pelo Google Arts & Culture.
Confira a seguir as escolhas de cada um:
Jin – São Paulo
Sim, Jin escolheu a cidade brasileira para sediar sua galeria de rua! Ele comenta que São Paulo é uma das cidades favoritas da BTS, e que todos eles amam a energia dos paulistas: “Sempre que me sinto um pouco para baixo, só penso em São Paulo.”
Assim como seus colegas, o cantor escolheu trabalhos que remetessem a sua prática como músico e dançarino, e ainda incluiu obras que apareceram em videoclipes da banda, como Landscape with the Fall of Icarus (1560) e The Fall of the Rebel Angels (1562) de Pieter Bruegel.
RM – Namdaemun, Seul
A Street Gallery do RM fica em Namdaemun, Seul, onde a BTS iniciou seu show global em 2021, além de ser um “monumento histórico precioso da Coreia”, como diz o texto dele na plataforma.
RM selecionou obras que destacam a herança coreana, e outras de pintores românticos e impressionistas.
Jimin – Marina Bay Sands, Singapura
A galeria do Jimin fica em Marina Bay Sands, Singapura, onde a BTS realizou seu show “Love Yourself”. Sobre a seleção de suas obras ele diz: “…estive em uma jornada de amor próprio e aceitação nos últimos anos. Deixe-me conduzi-lo nesta com algumas obras de arte que me lembram quem eu sou”. Jimin também incluiu obras que retratam suas atividades favoritas, como dançar e correr, foram apresentadas.
V – Londres
A galeria de V acontece em Londres, e a maioria dos trabalhos escolhidos remetem à sua própria prática de fotografia pelas ruas de Londres. Ele selecionou algumas cenas aquáticas de meados de 1800, um Van Gogh, e outros Egon Schiele, mas V ainda ousou ao incluir uma de sua própria autoria! Uma fotografia sem data e sem título retratando o horizonte do pôr do sol.
J-Hope! – Nova York
O cantor sediou sua galeria em Nova York, perto do local do prédio da ONU, onde ele falou várias vezes como “Goodwill Ambassador” (Embaixador da Boa Vontade) do UNICEF.
A inspiração de curadoria de J-Hope! foi sua realização na dança e seu papel como embaixador da UNICEF, incluindo assim temáticas de pessoas com deficiência física, como por exemplo, Nydia, the Blind Flower Girl of Pompeii (1859), de Randolph Rogers.
Suga – Dolby Theatre em Los Angeles
Suga escolheu o primeiro grande local americano onde a BTS se apresentou e que foi, segundo ele, onde “o sonho de reconhecimento internacional começou”. As obras que ele selecionou referem-se a momentos que a banda passou juntos ou lembretes de imersão criativa.
Jung Kook – Chunggu Building, Seoul
O Edifício Chunggu foi como uma segunda casa para eles desde a estreia em 2013. Entre as seleções de Jung Kook está Clasped Hands of Robert and Elizabeth Barrett Browning (1853) de Harriet Goodhue Hosmer, que foi justificada como um reflexo de quando os outros membros da banda seguraram a mão do caçula em meio a vários desafios. Ele também incluiu Drummer (ca. 1765), de Bow Porcelain Factory, como um aceno ao seu próprio amor pela bateria.