O mundo da arte perdeu um de seus gigantes. Considerado um dos pioneiros da videoarte, Bill Viola faleceu hoje (12) aos 73 anos, em sua casa em Long Beach, Califórnia. A causa foi complicações de Alzheimer de início precoce, informou Kira Perov, sua esposa, diretora de arte e colaboradora artística.
Nos anos 1970, Bill Viola emergiu na cena artística e rapidamente ganhou reputação com sua habilidade técnica, dominando novos métodos de gravação e edição. Seus vídeos muitas vezes desaceleraram o tempo, sensibilizando os espectadores para sua própria presença física e pensamentos. Nos anos 1990, após a morte de sua mãe e o nascimento de seu segundo filho, seu trabalho tornou-se mais pessoal, como evidenciado em “Nantes Triptych” (1992), abordando questões fundamentais da vida e nos convidando a refletir sobre os limiares entre nascimento, vida e morte.
Nos anos seguintes, continuou a explorar passagens importantes da vida, utilizando uma iconografia ritualística e inspirando-se em pinturas dos antigos mestres, como em “The Quintet of Astonished” (2002).
Viola expôs amplamente ao redor do mundo, com mostras em prestigiadas instituições como o Museu Guggenheim, o Museu de Arte Moderna de Nova York, e a National Gallery de Londres. Em 1995, ele representou os Estados Unidos na Bienal de Veneza, solidificando seu status como um dos artistas mais influentes de sua geração. Em 2018, o artista também apresentou a exposição “Bill Viola – Visões do Tempo” no Sesc Avenida Paulista, em São Paulo, marcando a inauguração do espaço.
Além de Kira Perov, Viola deixa dois filhos, Blake e Andrei, uma irmã, Andrea Freeman, e um irmão, Robert.