Pinacoteca de São Paulo divulga programação para 2025

O calendário para 2025 da Pinacoteca de São Paulo tematiza o pop brasileiro, com 18 aberturas divulgadas pelo museu

por Diretor
5 minuto(s)
Teresinha Soares, “Caixa de fazer amor”, 1927. Imagem: Divulgação

No ano que se aproxima, a Pinacoteca do Estado de São Paulo preparou um calendário de 18 exposições inéditas para comemorar seus 120 anos de atividade. Entre os destaques, a coletiva “Pop Brasil”, de maio até outubro, que inaugura o ano temático e que perpassa as programações dos três edifícios: Pinacoteca Luz, Estação e Contemporânea.

O museu volta seu olhar para as manifestações e tradições populares, abordando desde a formação de público até a popularização das artes plásticas no Brasil, fenômeno que ganha destaque especial entre os anos 60 e 70, com desdobramentos até hoje.

“Há 120 anos sempre viva, contemporânea e urgente, a Pinacoteca hoje é o mais importante museu da arte brasileira em diálogos com as culturas do mundo. A programação de 2025 apresenta para o grande público uma diversidade de linguagens artísticas, temporalidades e cosmovisões, explorando a dificuldade de mantermos em pé as clássicas dicotomias de arte acadêmica versos arte autodidata, produção histórica versos contemporânea, artistas globais versos periféricos, entre outras”, afirma Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca em comunicado à imprensa.

Primeiro Semestre

Em março, o edifício Pinacoteca Luz abre a programação com Tecendo a Manhã: Experiência Noturna na Arte do Brasil, uma mostra que explora as nuances da noite em sete salas, apresentando festas, mistérios e personagens noturnos, como boêmios e lobisomens, por meio de obras do século XX. A artista contemporânea Mônica Ventura ocupará o Octógono com uma instalação inspirada nas cosmologias afro-ameríndias.

Simultaneamente, o 2º andar da Pina Luz recebe a primeira individual da artista Neide Sá, uma das fundadoras do movimento Poema/Processo, cujos trabalhos expandem o conceito de poema como objeto gráfico. Na Sala de Vídeo, Estás Vendo Coisas (2016), de Bárbara Wagner e Benjamin de Búrca, também entra em exibição.

No edifício Pinacoteca Contemporânea, a argentina Ad Minoliti apresenta uma instalação site-specific na Galeria Praça, onde seu trabalho questiona o abstracionismo geométrico, gênero e sexualidade. Em maio, a exposição Pop Brasil celebra os 60 anos das mostras históricas Opinião 65 e Propostas 65, reafirmando a relevância da arte brasileira das décadas de 1960 e 1970 no cenário contemporâneo.

A Pinacoteca Estação complementa o semestre com uma retrospectiva de Flávio Império no 4º andar, enquanto o 2º andar destaca a produção de Marga Ledora em uma exposição inédita em instituição nacional.

Madalena Santos Reinbolt, “Noite na fazenda”, 1969, via Acervo Pinacoteca de São Paulo

Segundo Semestre

No segundo semestre, Beatriz González, referência da arte colombiana e uma das principais artistas vivas da América Latina, ganha uma monografia no Brasil. Ocupando sete salas do edifício Pinacoteca Luz, González apresenta sua apropriação das mídias e da história da arte por meio de pinturas e objetos incomuns. No Octógono, Dominique Gonzalez-Foerster explora interações sensoriais em ambientes reais e fictícios, enquanto Paulo Pedro Leal, na Galeria Temporária, retrata ritos e celebrações populares e sincréticos.

Em novembro, Trabalho de Carnaval ocupa a Grande Galeria da Pinacoteca Contemporânea, enfocando o impacto cultural e econômico do carnaval brasileiro. No Jardim de Esculturas do Parque da Luz, que completa 200 anos, obras de Anna Maria Maiolino, Jorge dos Anjos e Denilson Baniwa trazem uma nova reflexão sobre a escultura brasileira.

A programação do 2º andar da Estação, com a modernista Lucy Citti Ferreira em agosto, é acompanhada pela mostra Macunaíma é Duwyd, que propõe a ressignificação da perspectiva indígena na história da arte. A exposição, organizada pelo artista Gustavo Caboco, celebra os 100 anos de Macunaíma, de Mário de Andrade, dando foco para a ancestralidade e a cultura indígena.

Beatriz González, “Decoração de interiores”, 1981. Imagem: Divulgação

Confira a programação completa!

Pinacoteca Luz
1º Semestre

Tecendo a manhã: experiência noturna na arte do Brasil
Período: 15/03 a 27/07
7 salas – 1º andar
Curadoria: Renato Menezes e Thierry Freitas

Mônica Ventura
Período: 22/03 a 27/07
Octógono
Curadoria: Lorraine Mendes

Neide Sá
Período: 10/05 a 03/08
Galerias temporárias – 2º andar
Curadoria: Lorraine Mendes

Bárbara Wagner e Benjamin de Búrca
Período: 15/03 a 27/07
Sala de Vídeo
Curadoria: Ana Paula Lopes

2º Semestre

Dominique Gonzalez-Foerster
Período: 30/08 a 01/02/2026
Octógono
Curadoria: Jochen Volz

Beatriz González
Período: 30/08 a 01/02/2026
7 Salas – 1º andar
Curadoria: Pollyana Quintella

Paulo Pedro Leal
Período: 11/10 a 25/01/2026
Galerias temporárias – 2º andar
Curadoria: Pollyana Quintella e Renato Menezes

Olinda Tupinambá
Período: 11/10 a 25/01/2026
Sala de Vídeo
Curadoria: Ana Paula Lopes

Parque da Luz
Jardim de Esculturas
Abertura: 09/03
Parque da Luz
Curadoria: Ana Maria Maia e Yuri Quevedo

Pinacoteca Contemporânea
1º Semestre

Ad Minoliti
Período: 22/03 a 27/07
Galeria Praça
Curadoria: Ana Maria Maia e Clarissa Ximenes

Pop Brasil
Período: 30/05 a 05/10
Grande Galeria
Curadoria: Pollyana Quintella e Yuri Quevedo

2º Semestre

Juliana dos Santos
Período: 23/09 a 08/02/2026
Galeria Praça
Curadoria: Lorraine Mendes

Trabalho de Carnaval
Período: 08/11 a 12/04
Grande Galeria
Curadoria: Ana Maria Maia e Renato Menezes

Pinacoteca Estação
1º Semestre

Marga Ledora
Período: 05/04 a 24/08
2º andar
Curadoria: Ana Paula Lopes

Flávio Império
Período: 17/05 a 26/10
4º andar
Curadoria: Yuri Quevedo

2º Semestre

Lucy Citti Ferreira
Período: 20/09 a 08/03/2026
2º andar
Curadoria: Thierry Freitas

Macunaíma é Duwyd
Período: 29/11 a 16/05/2026
4º andar
Curadoria: Gustavo Caboclo Wapitchana

Serviço

Pinacoteca de São Paulo
Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo

Pinacoteca Estação
Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo

Pinacoteca Contemporânea
Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia, São Paulo

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)
Gratuitos aos sábados – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso
Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)

Você também pode gostar

© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0

Desenvolvido por heyo.com.br