DICAS: Ana Elisa Egreja lança quebra-cabeças com marca canadense
Nada melhor para deixar o tempo passar ocupando a cabeça e nutrindo os olhos com um belo quebra-cabeças. Mostramos aqui que a Gucci fez uma parceria com o hub digital MQBMBQ para a criação de peças com imagens de trabalhos criados pela ilustradora estadunidense Ggggrimes e pelo pintor ganense Kwesi Botchway. Agora a marca canadense Enigma Art Puzzles acaba de ser lançada com opções de quebra-cabeças feitos por três artistas mulheres: Ashima Kumar, Sabina Fenn e a brasileira Ana Elisa Egreja.
“Eu queria encontrar uma maneira de unir esses mundos e ajudar as pessoas a descobrir novos artistas enquanto se divertem com um lindo quebra-cabeça! Eu queria encontrar mulheres com histórias incríveis para compartilhar por meio de sua arte”, explica Jessika Fellner, fundadora da marca. As três primeiras edições estarão disponíveis para compra na Amazon a partir de março e as próximas artistas convidadas serão Rhi James, uma artista e ilustradora australiana, e Rina Patel, uma pintora indiana / canadense.”Meu objetivo é criar uma gama diversificada de artistas com diferentes estilos, mídias, experiências, etc. Estamos apenas começando e estou muito animada com o que está por vir!”completa Fellner. Nós também estamos!
NEWS: Galeria Luisa Strina anuncia representação da artista Panmela Castro
Autora de uma obra confessional e autobiográfica, Panmela Castro (Rio de Janeiro, 1981) explora diferentes linguagens, com predomínio de pintura, performance, fotografia e vídeo. A série #RetratosRelatos é composta por retratos expostos lado a lado de relatos de abuso e outros temas do universo das mulheres enviados por elas à artista. Nenhum dos registros tem maior importância que o outro, ao contrário, os dípticos revelam o processo catártico de levar a público as histórias que muitas mulheres sofrem caladas. Em Vigília, amigos de Castro posam para retratos no ateliê da artista ao longo de uma noite em que as conversas, a música, a dança e tudo o mais que fez parte desta experiência compartilhada encontram-se amalgamados sobre a tela.
NEWS: Judy Chicago fará uma land art para o Desert X
Uma das mais releventes artistas do movimento feminista, Judy Chicago será destaque da próxima bienal do Dersert x, que costuma apresentar obras site specific, muita vezes monumentais, em todo o Coachella Valley. Os organizadores anunciaram a programação prevista para começar no dia 12 de março e que contará com mais 12 artistas além de Chicago. A artista de 81 anos há muito injeta o feminino na land art dominada pelos homens.
Chicago criará uma de suas esculturas de fumaça para a exposição Living Smoke: A Tribute to the Living Desert. O trabalho efêmero é uma colaboração com Chris Souza, da Pyro Spectaculars. À medida que gira e sobe por mais de 1.200 acres no sopé da Montanha Eisenhower, a fumaça colorida irá destacar a beleza natural da paisagem. A performance acontecerá somente no dia 9 de Abril, mas será revelada ao vivo nas mídias sociais. O colombiano Oscar Murillo e a americana Kim Stringfellow.
NEWS: Em meio à incerteza sobre o futuro das feiras de arte, a Frieze alugará espaço em Londres para exposições pop-up ao longo do ano
Em dezembro de 2020 a Frieze alugou um par de casas reformadas, em Londres, e esta semana revelou que elas serão usadas como um novo centro para galerias internacionais para alugar por curtos períodos, a partir de outubro. Já que o clima de incertezas prevalece no calendário de feiras, as galerias podem agora se inscrever para usar, por até 4 semanas, qualquer um dos três espaços da Frieze na No.9 Cork Street, no complexo projetado por Matheson Whiteley. Participar da iniciativa requer um investimento substancial. De acordo com a Art Net New, o maior espaço fica no térreo e inclui 78 m2 para exposições com uma grande janela voltada para a rua. Para o primeiro período de exposição, que estreará durante a geralmente movimentada temporada de outubro e novembro de Londres, o espaço estará disponível por 77 mil dólares.
AGENDA: Osmar Dalio abre exposição na Galeria Leme
Durante este último ano de isolamento social nossa relação com o espaço se transformou: enclausurado ou não, percebemos que o limite – entre o público e o privado; entre o eu e o outro – e o espaço são luxos que salvam ( do contágio ou loucura). Parece interessante, portanto, abrir uma exposição que desperta um questionamento sobre limites da escultura-corpo e arquitetura-espaço. A mostra Épica do Espaço, de Osmar Dalio, na Galeria Leme, recupera e expande a essência do que podem significar as interrelações sensíveis e conceituais do que conhecemos por “escultura”. O vazio toma conta da galeria e enobrece a principal obra da mostra. Mas o vácuo e os intervalos também aparecem, nas esculturas matemáticas e monumentais que impressionam pelas dobras e movimento e convidam o público a desconfiar das relações entre volume, material, peso e equilíbrio.
AGENDA: Augusto de Campos é homenageado na Biblioteca Mário de Andrade
O poeta Augusto de Campos fez 90 anos no último domingo, dia 14 de fevereiro, e para comemorar a data, o poema cidadecitycité foi exposto num painel de led de 10 metros na fachada da Biblioteca Mário de Andrade. A obra é o ponto de partida para a exposição que se segue dentro da biblioteca e reúne distintas versões do poema, criado em 1963, desde os primeiros experimentos gráficos até as versões audiovisuais posteriores, além de registros e documentos históricos. Trata-se de uma obra prima da poesia concreta brasileira: sua composição é uma reunião de vários prefixos de palavras terminadas com “cidade, city ou cité” , cuja escrita coincide nesses três idiomas: português, inglês ou francês. “No entanto, o resultado foi regido pelo acaso, como em “un coup de dés”, de Stepháne Mallarmé, no readymade de Marcel Duchamp, ou, sobretudo, a partir das composições de John Cage, todos importantes referências para Augusto”, reflete o curador Daniel Rangel.
AGENDA: Paço das artes reabre com mostra sobre identidade em tempos de vigilância
Curada por Nathalia Lavigne, a mostra Táticas de Desaparecimento abriu essa semana no Paço das Artes, marcando a retomada da Temporada de Projetos 2020 – que ficou parada por quase um ano para evitar o contágio do coronavírus. A mostra reúne trabalhos de sete jovens artistas que discutem mecanismos de vigilância tecnológica e as possibilidades de desaparecimento como resistência. Em BIO, por exemplo, a artista Maryam Monalisa Gharavi aborda a questão da invisibilidade a partir de uma experiência na qual atualizou sua biografia no Twitter diariamente ao longo de um ano ao descobrir que essa era a única parte não-algorítmicamente calculada que armazena dados do usuário. Aleta Valente, que explora a autorrepresentação como performance no Instagram, já foi alvo de ataques virtuais e dois de seus perfis foram removidos por excesso de denúncias. Tal episódio se relaciona à questão da censura a partir do controle algoritmo do que é considerado nudez ou fora dos parâmetros aceitos pela “comunidade”, como a rede define, atingindo trabalhos artísticos denunciados e removidos.
AGENDA: New Museum abre exposição sobre luto idealizada por Okwui Enwezor
No dia 17 de fevereiro o New Museum abriu a mostra Grief and Grievance: Art and Mourning in America, idealizada por Okwui Enwezor antes de sua morte e organizada pelos curadores Massimiliano Gioni e Naomi Beckwith, além dos artistas Mark Nash e Glenn Ligon. Como o título já anuncia, trata-se de uma coletiva que busca mostrar, por meio da arte, a história do luto dos norte-americanos afrodescendentes. A exposição conta com obras de grandes nomes como Theaster Gates, Kara Walker, Lorna Simpson, Hank Willis Thomas, Mark Bradford, LaToya Ruby Frazier, Simone Leigh e Arthur Jafa e Kerry James Marshall.
AGENDA: Leda Catunda inaugura exposição no Malba
A artista brasileira Leda Catunda abriu, nesta sexta-feira, dia 19 de fevereiro, sua primeira exposição no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o MALBA. A mostra coloca obras de Leda junto a obras da artista argentina Alejandra Seeber e poderá ser visitada até o dia 9 de agosto. Contemporâneas entre si, as duas possuem um trabalho que se desenvolve nas tantas possibilidades das pinturas. “Tanto eu como Alejandra temos uma vontade de redefinir fronteiras para a linguagem da pintura. No meu caso, com a apropriação de imagens prontas e também da “objetualização” das pinturas, fugindo do formato tradicional da tela. Na obra da Alejandra enxergo uma liberdade na escolha de temas e na criação de imagens a partir de sobreposições”, diz Leda Catunda.
O catálogo da exposição traz textos do curador e de Gabriela Rangel, John Yau, Josefina Barcia. Nos escritos, os autores fazem uma revisão da obra das duas em relação à cultura urbana, à arte moderna, ao design, à música e à natureza, além de contextualizar a trajetória de ambas dentro do circuito da pintura contemporânea e trazer entrevistas com as artistas.
AGENDA: Galeria Millan reabre com mostra do artista Jaider
Na primeira exposição que inaugura no ano de 2021, a Galeria Millan surpreende de forma muito positiva ao anunciar uma individual do artista e curador Jaider Esbell, no espaço Anexo Millan, em São Paulo. Intitulada Apresentação: Ruku, a mostra exibirá 60 trabalhos de Esbell – com curadoria do próprio artista e da antropóloga Paula Bebert. Nesta exposição, Jaider apresenta obras que produziu recentemente, entre 2019 e 2021 e que partem do ponto de vista do artista em torno da árvore-pajé, Jenipapo ou Ruku – ou “fruto-tecnologia e uma de minhas avós”, segundo o artista. “É que depois de tanto arrodeio estamos ainda, e finalmente, frente a frente e não há mais para onde ir. Eu sei que sou mesmo quem me apresento e dito me foi que desse o primeiro passo”, ele escreve no texto curatorial da mostra
Vale lembrar que Jaider é um dos artistas de origem indígena que mais tem despontado na cena da arte contemporânea, tendo obras em importantes coleções privadas e institucionais. Também é preciso destacar seu papel central como articulador no movimento que tem consolidado a Arte Indígena Contemporânea nos últimos anos no que diz respeito ao contexto brasileiro, reunindo artistas de diferentes etnias em uma rede fundamental.