A mostra Álbum Animado de Bestiários, que acontecerá, de 11 a 30 de julho no Itaú Cultural, reúne filmes brasileiros que apresentam diferentes criaturas – criadas a partir de animais reais ou personagens fantásticos. Os animais sempre estiveram presentes – como protagonistas ou coadjuvantes – em filmes com o objetivo de se apropriar do universo fantástico como metáfora para a experiência humana.
Na seleção proposta pela instituição, filmes considerados marcos para a construção da história da animação brasileira se mesclam a outros mais recentes, que beberam dessas referências. Confira abaixo quatro entre as mais poéticas animações do festival.
Almofada de Penas (Joseph Specker Nys, 2018, 12min)
Alice contrai uma doença inexplicável, enquanto seu marido Jordão presencia tudo de modo indiferente. Algo oculto a enlouquece e a enfermidade faz a mulher mesclar realidade e alucinações monstruosas.
Giz (Cesar Cabral, 2015, 10min)
Um homem vive a rotina sem descanso numa imensa corporação. Incapaz de se relacionar com sua colega de trabalho, ele será questionado por um sonho hipnótico, até o ponto em que não poderá mais perceber se está realmente acordado.
Poética de Barro (Giuliana Danza, 2019, 6min)
Bucólico, delicado e sensível, o curta-metragem Poética de Barro, animado em stop motion com argilas do Vale das Viúvas de Maridos Vivos (Jequitinhonha), baseado no trabalho de ceramistas mineiras e com trilha original composta por instrumentos de cerâmica, retrata a saga de uma pequena criatura, que precisa sobreviver às vicissitudes da vida. Se todas as barreiras serão transpostas, apenas assistindo para descobrir.
Tito e os Pássaros (Gabriel Bitar, Gustavo Steinberg e André Catoto, 2019, 73min)
Um menino e seus dois amigos partem para encontrar a pesquisa perdida do seu pai sobre canções de pássaros, algo que pode salvar seu mundo de uma epidemia na qual o medo adoece as pessoas.