Na manhã deste sábado (9/5), foi divulgado o falecimento do artista brasileiro Abraham Palatnik. Expoente da arte cinética no país e responsável por uma transformação profunda da compreensão do que a produção pictórica, o artista tinha 92 anos de idade e já estava internado há uma semana, em estado grave, após ser diagnosticado com o novo coronavírus, Covid-19.
Palatinik é uma entre as mais de dez mil vítimas que a doença faz no Brasil até o momento, tendo uma curva crescente de contágios e mortes. O país está caminhando para de tornar em pouco tempo o epicentro da pandemia em todo o mundo.
Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, Palatnik era filho de judeus de origem ucraniana que imigraram para o Brasil. Ele morou a infância e juventude em Tel Aviv, onde acabou estudando engenharia mecânica. Em seguida, passou a começou a frequentar ateliês de artistas e se envolver com o processo artístico, primeiro através da pintura.
Ao regressar ao Brasil, foi morar no Rio de Janeiro. Se aproximou da doutora Nise da Silveira e de seu trabalho de arte terapia. Neste momento, deixou a figuração e se aproximou da abstração e do concretismo, mediado pelo contato com Mário Pedrosa. Os anos seguintes se desenrolaram na busca pela luz e pelo movimento em suas obras e a pintura foi sendo intercalada com a criação de objetos cheios de maquinações. Assim, Palatnik se tornou referência para toda uma geração de artistas que apareceram a partir daquele momento.
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