A artista austríaca Elisabeth Wild faleceu na última semana, na Guatemala, onde vivia há quase 25 anos. Nascida em 1922, em uma família de comerciantes judeus, Wild fugiu da Europa nazista em 1938, e passou a viver em Buenos Aires. De lá, depois de desenvolver uma prolífica carreira, mudou-se para a Suíça, em Basel, em 1962. Só em 1996 resolveu retornar à América Latina, estabelecendo-se no interior da Guatemala, junto de sua filha também artista Vivian Suter. Daquele momento em diante, dedicou-se totalmente à arte. As duas viviam em uma fazenda de café abandonada perto do lago Atitlán, onde Wild produziu praticamente até a sua morte.
Wild é mais conhecida por suas colagens, que ela começou a exibir internacionalmente em 2014 depois de uma exposição na Kunsthalle Basel. Ela participou da mostra a convite de sua filha, que também expunha ali. O reconhecimento internacional veio da sua participação na última Documenta de Kassel, em 2017, ocasião em que Suter também expôs suas pinturas. Ambas as artistas foram objeto de um documentário sobre o local onde viviam e trabalhavam, filme exibido no contexto da mostra. Por fim, o trabalho de Wild também foi levado a Atenas.
Um de seus trabalhos mais recentes foi criado especialmente para a cidade de Londres, um desenho para o mapa impresso das linhas do metrô, dentro do projeto “Art on the Underground”. A obra para o impresso foi criada em conjunto com Suter, que apresentará uma instalação na estação Stratford, em junho.