Mariana Rodrigues é uma artista visual e designer baseada em Osasco, São Paulo. Ela é formada em Design Digital pela Universidade Anhembi Morumbi. Apesar de sempre ter trabalhado com design, Mariana cultivou uma produção mais ligada à arte. Essa produção foi sempre de um lugar mais internalizado, suas pinturas não eram pensadas de forma a chegar a algum lugar, mas no sentido de uma produção mais intuitiva para si, mais fluida. Ao final da graduação, ela passou a se entregar de forma mais intensa à produção artística.
As redes sociais foram muito importante para sua chegada no campo artístico. Por meio da divulgação de suas obras no Instagram, ela passou a receber convites para fazer parte de grupos, de exposições. Mariana fez parte do coletivo AEANFDC (Ambiente de Empretecimento da Arte Nacional a Favor da Descolonização Cultural) e agora faz parte do Levante Nacional Trovoa, no qual é uma das articuladoras na região de São Paulo. Foi por sua participação no AEANFDC que recebeu seu primeiro convite para uma exposição, que aconteceu no espaço BREU, na capital paulista.
Adepta da abstração na pintura, a artista tenta acessar seu inconsciente e não tornar as formas que pinta algo racional. As formas de manifestam de um lugar bem fluido. Seus trabalhos sempre estão baseados, portanto, em um campo sentimental e emocional. Seus gestos vêm de um lugar de vibração e movimento.
Mariana gosta de pintar em tecido, pela escala maior que essa base proporciona. A escala maior a faz compreender como a pintura se manifesta através do seu corpo. “Não sou eu que penso como vou pintar, é a pintura que se mostra para mim”, ela diz. Assim, essa maior escala proporciona a ela uma maior entrega àquilo que está transpondo com o pincel. Muitas vezes, as peças têm o tamanho de seu corpo.
Mas é importante pontuar também a importância das pequenas escalas em sua produção, já que, com a limitação de espaço, passou um bom tempo pintando e treinando em sketchbooks. Como não tem ateliê, a artista utiliza o chão de seu quarto para fazer a maioria das pinturas. Só recentemente ela teve sua primeira experiência em um ateliê e também em uma residência, durante um período que passou em imersão e troca no Ateliê 397.