A pintura figurativa voltou com tudo, mas não são flores que os colecionadores querem. O movimento é em direção a enredos potentes e simbólicos. Não à toa, muitas galerias passaram a representar novos promissores nomes cujos trabalhos carregam uma disputa única entre a gestualidade e a narrativa.
É o caso de Márcia Falcão que abre, no dia 6 de novembro, sua primeira individual na Carpintaria. Marcada pelo gesto e fiscalidade, sua pintura articula relações entre o corpo feminino e a cidade, partindo da experiência da própria artista na periferia do Rio de Janeiro, onde nasceu, vive e trabalha. As composições figurativas em palhetas soturnas, pautada centralmente por marrons e vermelhos, questionam estereótipos entre elementos alegóricos que marcam a história e cotidiano da cidade.