Com o calor das pautas em torno do bicentenário da independência, temos clareza que o grito de Dom Pedro I não foi um ato isolado e suficiente desse processo. Por isso, o Museu de Arte Moderna inaugura no próximo sábado, dia 17, uma exposição que compreende motins e revoluções que ocorreram antes ou nas décadas subsequentes do episódio às margens do Rio Ipiranga, como a Inconfidência Mineira, a Revolução Pernambucana, a Cabanagem, a Revolução Farroupilha, entre outras.
“Qual o papel dos artistas na construção de imagens sobre o que hoje entendemos como independência? Que personagens do passado impedem ou possibilitam a circulação de novas ideias?” – provoca o curador convidado Thiago de Paula Souza.
Além de Thiago, a curadoria também é assinada por Beatriz Lemos, Keyna Eleison e Pablo Lafuente que reuniram obras de dez artistas contemporâneos brasileiros em diálogo com objetos do período colonial. Entre os nomes desse recorte, estão Paulo Nazareth, Luana Vitra, Ana Lira, Thiago Martins de Melo e Tiago Sant’Ana.
Cinco eixos conceituais norteiam a exposição: a figura do herói e a posição de liderança política; as construções simbólicas (bandeiras, hinos, brasões); os modos de organização e sua relação com sistemas de direitos; a definição de territórios; e os processos de produção e circulação de valor.
Serviço
“Atos de revolta: outros imaginários sobre independência”
Local: MAM
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 – Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro – RJ
Data: De 17 de setembro até 26 de fevereiro de 2023
Funcionamento: De quinta a domingo, das 10h às 18h (incluindo feriados). Ingresso: Grátis