A já lendária Cosac Naify nasceu com em 1997 a publicação de um livro de artista idealizado por Tunga, Barroco de Lírios faz um retrospecto dos principais trabalhos do artista realizados entre 1981 e 1996, destacando esculturas, instalações e textos de sua autoria, com direito a detalhes como encartes e transparências que são como múltiplos não assinados. Uma obra prima que está esgotada.
Dezoito anos depois, Charles Cosac declarou que fecharia a editora mas não sem antes publicar um último e glorioso livro: Tunga. Com lançamento no Rio de Janeiro marcado para o dia 8 de fevereiro (aniversário de Tunga), na livraria Travessa, em Ipanema, o livro segue a linha editorial criada pelo artista – com atualizações – e textos da historiadora e curadora Catherine Lampert, do crítico e curador Guy Brett e do próprio Tunga. Conta também com uma lista de pequenos textos explicativos sobre formas, elementos, símbolos e signos que se repetiam no trabalho do artista: a “vê-nus”; o “toro”; a trança”; o “tacape”; o “escalpe”; o “pente”; as “bordas”; a “pintura sedativa”; as “xifópagas capilares entre nós”; os “eixos exógenos”; a “vanguarda viperina”; os älbinos”; os “cérebros diminutos”; o “sapo”; a “gravitação magnética”; entre outros. Há, ainda, uma seleção de instalações e performances apresentadas entre 1989 até 2003 – incluindo True Rouge e Make-up coincidence. Para os mais curiosos e prontos à experimentação, é possível também acompanhar as instruções de algumas performances. Uma verdadeira bíblia. Leitura mais que obrigatória para quer entender o mundo tunganiano. Viva Tunga!