No último dia 28, a artista venezuelana Luchita Hurtado completaria 100 anos de idade! A artista faleceu neste ano, no mês de agosto. Nascida em Maiquetía, bem perto da capital Caracas, foi morar com sua mãe em Nova Iorque quando completou 8 anos, tendo vivido nos Estados Unidos durante a maior parte de sua vida. Um recorte muito substancial de sua obra foi reunido recentemente no livro Luchita Hurtado: I Live I Die I Will Be Reborn, lançado em dezembro de 2019. A publicação é uma parceria entre a Serpentine Galleries e a Koenig Books, tendo sido feita na ocasião da exposição homônima que aconteceu na Serpentine entre 23 de maio a 20 de outubro de 2019, marcada como a primeira exposição institucional da artista.
Desta forma, a exposição foi um marco importante para que uma primeira publicação bastante abrangente e ilustrada sobre a trajetória e obra da artista fosse desenvolvida, sendo composta de uma seleção de textos e imagens bastante susbtanciais. Isso inclui uma pesquisa de Sarah Lehrer-Graiwer sobre a carreira de Hurtado; um texto escrito pela artista Andrea Bowers, intitulado ‘The Equanimity of Luchita Hurtado’.
Os textos contam também com uma seleção mais afetiva de quem acompanhou Luchita de uma perspectiva mais pessoal, como uma série de pequenos escritos de autoria do filho de Luchita, o também artista Matt Mullican. Além disso, há o texto de Barbara Stauffacher em resposta a uma fotografia de arquivo, um registro especial que simboliza a longa amizade que ela e Luchita sustentaram ao longo dos anos.
Os pontos pessoais e profissionais da vida de Luchita se encontram em uma grande linha do tempo traçada por Marie Heilich. Por fim, e muito importante, está presente uma longa e nova entrevista que a artista concedeu ao diretor artístico da Serpentine Galleries, o curador e crítico de arte Hans Ulrich Obrist.