Livros AQA: A Woman’s Right To Pleasure

Prestes a chegar no mercado, com a pré-venda aberta no site da editora BlackBook Publishing e em outras plataformas, vem aí um livro que vai mexer as estruturas do patriarcado! Em parceria…

por Jamyle Rkain
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Prestes a chegar no mercado, com a pré-venda aberta no site da editora BlackBook Publishing e em outras plataformas, vem aí um livro que vai mexer as estruturas do patriarcado! Em parceria com um dos ginecologistas mais famosos da cena hype de Nova York, Dr. Amir Marashi, e com a LELO, designer que é líder no mercado de produtos para a “vida íntima”, a editora lançará o livro A Woman’s Right To Pleasure, praticamente um manifesto artístico sobre o direito que a mulher tem de sentir prazer sexual, seja acompanhada ou sozinha.

Capa de A Woman’s Right To Pleasure

Ao longo da História da Arte, muitas mulheres ergueram sua voz, seus pincéis y otras cositas más para abordar a liberdade e o gozo feminino em suas criações. A Woman’s Right To Pleasure, ou O direito da mulher ao prazer, com lançamento previsto para o próximo dia 20 de agosto, faz um compilado disso, trazendo artistas de diversas linguagens para falar sobre como trazem esse tema em suas criações e sobre toda uma militância em torno da libido das mulheres, de sua liberdade sexual!

A edição de 270 páginas traz obras essenciais de Georgia O’Keeffe, Carrie Mae Weems, Louise Bourgeois, Mickalene Thomas, Judy Chicago, Tracey Emin, Jenny Holzer, Marina Abramovic, Toyin Ojih Odutola, Carolee Schneemann, Tschabalala Self, dentre outras, além de um livro de colorir exclusivo criado por RIP Bambi.


Ao todo, são mais de 60 de algumas das artistas mais importantes, além de escritores e pensadoras criativas que se identificam com mulheres, explorando a ideia do prazer! Na abertura, o livro é apresentado com dois prefácios, que são escritos pelas escritoras Erica Jong e Roxane Gay, autoras de best-sellers da literatura que tratam de diferentes perspectivas o prazer da mulher. O livro conta também com textos da artista Judy Chicago, e também de Erika Lust e Stoya, respectivamente diretora e atriz de filmes adultos, além de escritos do coletivo musical russo Pussy Riot.

Nele, é questionado como o corpo da mulher é constantemente controlado e censurado ao longo dos tempos, sendo visto como obra de arte quando pintado por Gustave Courbet, mas como depravação subversiva quando retratado por artistas mulheres.

Trabalho de Ghada Amer

Desta forma, A Woman’s Right To Pleasure contextualiza esse universo até chegar às mudanças efetivas que as mudanças no pensamento vão configurando nos tempos contemporâneos, passando desde a quebra do tabu da masturbação até o movimento #MeToo e também fazendo um recorte de gênero ao abordar a geografia corporal, acolhendo mulheres trans. Esse é só um exemplo de como interseccionalidade é uma preocupação bem estabelecida na composição do livro, que também direciona a atenção para as particularidades na identidade de mulheres negras e mulheres gordas.

Das pinturas, litografias e gravuras de Tracey Emin que explicitam um elogio à busca do prazer pelo corpo às delicadas composições do corpo nas fotografias de Georgia O’Keeffe, o livro acaba por responder várias perguntas, sobre a relação entre a ideologia sexual da cultura e a experiência sexual das mulheres, além de questionar como a vulnerabilidade sexual e o perigo que as mulheres sofrem numa sociedade machista se relacionam com seu prazer, de como os limites entre o erótico e o tabu podem se encontrar… Mas também demonstrando a relação entre sexo e gênero, entre identidade sexual e preferência sexual, entre preferência sexual e identidade erótica, tratando tudo também a partir de como o olhar do feminismo sobre a sexualidade feminina modificou a História e também foi modificado por ela.

Obra de Faith Ringgold
Obra de Marlene Dumas
Fotografia de Sally Mann

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