Depois de Crônicas Cariocas, o Museu de Arte do Rio se dedica a interpretar um grande clássico da literatura contemporânea brasileira. A exposição Um Defeito de Cor, que abre no próximo dia 10, recebe o nome do romance brasileiro mais importante do século XXI escrito pela mineira Ana Maria Gonçalves.
A escritora, ao lado de Ayrson Heráclito, Marcelo Campos e Amanda Bonan, assinou a curadoria da exposição e reuniu 400 obras de, sobretudo, artistas mulheres negras, incluindo Rosana Paulino, Silvana Mendes, Yêdamaria, Maria Auxiliadora, Yedda Affini e Djanira. Porém, ao contrário do que pode-se pressupor, o público deve esperar não por um espelho da ficção sobre a personagem Kehinde, mas por um panorama pautado no contexto histórico-social pesquisado por Gonçalves perpassando inclusive temas atualizados como o protagonismo feminino e África Contemporânea.
Diversas criações também foram movidas tornando o evento ainda mais singular e significativo. Sendo assim, Um defeito de Cor apresenta obras dos artistas Antonio Oloxedê, Goya Lopes, Kika Carvalho e Kwaku Ananse Kintê concebidas especialmente para a exposição; uma paisagem sonora inédita criada por Tiganá Santana e Jaqueline Coelho; e ainda gravações da leitura de trechos do livro pelas vozes de Ana Maria Gonçalves, Helia Iza da Silva Gonçalves – sua mãe, o que aponta um aceno ao próprio livro que trata da relação entre mãe e filhos – e Leda Maria Martins, pesquisadora de questões de racialidade.
Serviço
Um Defeito de Cor
Local: Museu de Arte do Rio
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Data: De 10 de setembro até maio de 2023
Funcionamento: De terça a domingo, das 11h às 17h.
Ingresso: R$10 – R$20