Indicado ao Oscar de Melhor documentário e vencedor do Leão de Ouro no Festival Internacional de Veneza, “All the Beauty and the Bloodshed”, dirigido por Laura Poitras, retrata a história de Nan Goldin.
Nascida em Washington, D.C., em 1953, e a mais nova de quatro crianças de uma família judaica. Goldin tinha apenas 11 anos quando sua irmã mais velha, Bárbara, se matou. “A sua rebelião foi um ponto de partida para a minha própria rebelião”, diz Goldin no filme.
Nancy Goldin nasceu em Washington, D.C., em 1953, a mais nova de quatro crianças de uma família judaica. Goldin tinha apenas 11 anos quando sua irmã mais velha, Barbara se matou. “A sua rebelião foi um ponto de partida para a minha própria rebelião”, diz Goldin no filme. Aos 14 anos, Goldin fugiu de casa e descobriu a fotografia enquanto vivia em casas de acolhimento, em Boston. Nessa época, se aproximou da cena queer da cidade e acreditou ter encontrado sua “família extendida”. Ainda com a irmã ainda na mente, ela ficou obcecada em nunca mais perder a memória de ninguém. Foi isto que a levou a fotografar constantemente membros do que ela chamava a “sua tribo”.
Goldin quebrou barreiras apresentando uma estética crua e radical para a época. Muitas vezes, revelava imagens explicitamente eróticas e profundamente tristes. Além disso, seu trabalho é extremamente político por falar sobre poder – especialmente o poder que os homens têm sobre as mulheres. E como esse poder traduzido na sociedade.
Depois de uma cirurgia, Goldin ficou viciada em OxyContin, analgésico com opioide em sua fórmula, produzido pela Purdue Pharma, empresa da família Sackler. Ela acabou sobrevivendo a uma overdose e, em 2017, fundou a P.A.I.N. A família Sackler é conhecida no circutido das artes plásticas pela filantropia generosa, tendo seu nome na porta de muitos museus. Por isso, a P.A.I.N. nasceu para convencer as instituições a não aceitar mais o dinheiro da família cujo nome foi gravado em salas de diveros museu. A Purdue Pharma declarou falência em 2021, depois de enfrentar muitas ações e processos. E esta esta história também foi retratada na série Dopesick; no documentário Crime of the Century na HBO; e, o livro Empire of Pain, de Patrick Radden Keefe.