O Museu Nacional d’Art de Catalunya, a Fundação Abertis e o Instituto Tomie Ohtake apresentam a mostra “Julio González: Espaço e matéria”. Esta é a primeira exposição individual consagrado escultor no Brasil. Com curadoria de Elena Llorens, a mostra reúne 70 peças, entre esculturas, desenhos, pinturas, fotografias e documentos, que marcam a carreira do artista catalão, hoje reconhecido como o pai da escultura moderna em ferro e um dos nomes imprescindíveis na história da arte do século XX.
O virtuosismo de González ao trabalhar o ferro, trajetória que começa na oficina paterna de serralheria artística na Barcelona modernista do final do século XIX, marcou sua celebrada produção escultórica, majoritariamente concebida na década de 1930 quando já havia completado 50 anos. Entre 1928 e 1929, González é convidado por Picasso a colaborar no projeto do monumento em homenagem ao poeta Guillaume Appolinaire, morto no final da Primeira Guerra. Essa troca de experiência, que se desdobrou em outras colaborações, foi marcante para a produção escultórica do autor de Les Demoiselles d´Avignon e representou a fase mais experimental na carreira do mestre da arte em ferro, o começo do que González chamou de “nova arte: desenhar no espaço”. A partir daí o escultor se integra ao grupo Círculo e Quadrado e assina, em 1934, junto a Pablo Picasso, Fernand Léger e Vassily Kandinsky, o manifesto do grupo Abstração – Criação.
Julio González: Espaço e matéria
Abertura: 04/06/19
Visitação: até 04/08/19; terça a domingo, 11h-20h
Instituto Tomie Ohtake: Rua Coropés, 88, São Paulo. Entrada gratuita