Jogando com arte

A arte pode estar em qualquer lugar e é muito legal quando podemos interagir com ela de forma que possamos nos sentir parte dela de certa forma. Por isso, fomos…

por Jamyle Rkain
5 minuto(s)

A arte pode estar em qualquer lugar e é muito legal quando podemos interagir com ela de forma que possamos nos sentir parte dela de certa forma. Por isso, fomos atrás de algumas iniciativas que transformam a arte em jogos ou brincadeiras, nos permitindo trazer ela para mais próximo de nós. Filtros de Instagram, aplicativos que comparam seu rosto a obras ou sites que simulam como você seria retratado por alguns dos artistas mais importantes da História da Arte!

A ferramenta Art Selfie!


Que o aplicativo do Google Arts & Culture nos dá muita informação e nos ajuda em várias ocasiões nós já sabemos! Mas é legal também ficarmos atentos aos mecanismos divertidíssimos que ele oferece na opção “Camera”! E são várias opções para nos entretermos. A mais conhecida talvez seja a Art Selfie, que permite que a pessoa tire uma selfie e compara ela com várias obras que são retratos, espalhadas por diversos museus internacionais. Isso basicamente faz com que você encontre sua obra de arte gêmea!

Lá também pode ser encontrado o Art Transfer! Essa opção aplica um filtro que imita o estilo de grandes obras de arte e transfere ele para qualquer fotografia que você quiser: sua parede pode ficar com o estilo da Monalisa ou seu gato pode ficar com o estilo das Banhistas de Cézanne. Nesta toada, outra possibilidade oferecida pelo app é o Color Palette, que procura obras de arte com a mesma paleta de cores que alguma foto que você escolher!

Você pode colocar obras de arte onde quiser com o Art Projector!


Também é disponibilizado o Art Projector e o Pocket Gallery! O primeiro faz com que o usuário, ao apontar a câmera para uma parede em qualquer lugar, transfira uma obra de arte em tamanho real para o espaço. Já pensou ter a  Moça com o Brinco de Pérola, de Vermeer, na parede do seu quarto? Ou pendurar O Grito na sala de estar? Já o outro permite que você transforme qualquer lugar em uma galeria de arte, escolhendo as obras que desejaria ter em seu acervo, direcionando o celular para uma superfície e esperando a mágica aparecer na tela!

Aqui está parte da equipe do AQA transformada pelo AI Gahaku!


Um pouco similar à ferramenta Art Transfer, citada anteriormente, o AI Gahaku fez muito sucesso no mês de abril! Ele é um site que usa da inteligência artificial para gerar um retrato que aplica o estilo de artistas renomados ou de movimentos artísticos de peso, não de uma obra específica.

Seu rosto pode ganhar traços renascentistas, impressionistas ou pode simplesmente se estruturar inteiro como se tivesse sido pintado por Modigliani! O mesmo desenvolvedor do AI Gahaku também criou um outro site em que rostos podem ser transformados em pixel art, o Pixel Me!

Filtros de Van Gogh para “stories” no Instagram.


Febre entre todo mundo, os efeitos da seção “story” do Instagram dá acesso a uma variedade de filtros que podem ser aplicados nas fotografias, que podem incluir e tematizar uma infinidade de coisas. A arte não fica de fora! Digitar o nome de artistas ou de movimentos artísticos na busca por efeitos no aplicativo pode te surpreender! Os efeitos não só deixam a foto com traços de grandes artistas como também podem fazer com que você descubra “qual obra de arte você é”, podendo ser ainda mais específico: “Com qual obra de Modigliani você se parece?”

O mais curioso do mecanismo de stories de Instagram é, porém, a possibilidade de geração dos filtros por qualquer pessoa que saiba usar o software de criação! Desta forma, vários artistas vêm criando os seus. É o caso de Edu de Barros. O artista carioca está morando na Sé Galeria, em São Paulo, desde o início da pandemia do novo coronavírus. Ele havia vindo para a capital paulista para pintar murais apocalípticos nas paredes da galeria e decidiu permanecer quando o surto de Covid-19 ganhou maiores proporções.

A exposição que faria na galeria acabou sendo cancelada e ele passou, então, a prolongar o processo de pintura de verdadeiros “afrescos apocalípticos” pelo espaço. Tudo tem sido mostrado dia a dia no Instagram da Sé. Edu, então, criou um filtro para story chamado CROPPED. Ao usar ele, as pessoas podem se sentir como se estivessem lá dentro da galeria (e agora casa!) com o artista.

Gabriel, da equipe do AQA, posou junto ao Edu, na galeria, usando o efeito.

Esse mecanismo tem feito muito sucesso nas mãos criativos. O artista Thiago Toes transformou a sua obra FENDA também em um efeito, que cobre os olhos de quem escolhe usá-lo com toda uma constelação cheia de estrelas. Toes encara a experiência como uma “realidade aumentada” da exposição de realizaria em breve mas que também teve que ser cancelada devido à pandemia. É interessante pensar desta forma, já que, de fato, essas ferramentas nos permitem uma imersão nas obras de arte.

Outra forma de “jogar com arte”, o Jogo das Obras que a youtuber Vivi Villanova realizou durante algum tempo em seu canal também é uma forma muito interessante de pensar brincadeiras! Ela convidou pessoas de diferentes áreas de atuação, como arquitetura e literatura, e fez uma troca: a pessoa citava cinco referências de sua área e Vivi escolhia cinco obras de arte, as quais a pessoa teria que relacionar corretamente com as referências que havia escolhido anteriormente.

No episódio em que gravou com a youtuber Tati Leite, do canal Vá Ler um Livro, por exemplo, a antologia poética de Ana Cristina César (autora do movimento da poesia marginal) foi corretamente relacionada com a obra Seja Marginal, Seja Herói, de Hélio Oiticica.

Quais outras formas de “jogar com arte” você tem visto ultimamente e gostaria de compartilhar conosco? Responda nos comentários do post sobre este texto lá no nosso Instagram!

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