Abre hoje, dia 28 de julho, a mostra individual João Câmara, nota nova – Ecos de 1967 , na Galeria Marco Zero, em Recife, com uma roda de conversa com a curadora Cristiana Tejo marcada para começar às 19hrs. Durante o bate-papo, que é aberto ao público com entrada gratuita, Cristiana vai detalhar dois pilares da exposição: a questão de ordem social – a busca por visibilidade da produção artística do Nordeste no cenário nacional -, e ainda a estética presente em algumas obras dos primeiros anos de construção da poética do artista paraibano radicado em Pernambuco.
O artista João Câmara é conhecido por explorar figuras humanas com representações de corpos fragmentados, o que conferiu um caráter muito característico aos seus trabalhos, que traduzem plasticamente a sua visão crítica da sociedade, da política, do poder e das relações sociais. Nesta exposição, o visitante poderá conferir uma seleção de trabalhos do período de 1965 até 1971, fase inicial e emblemática da trajetória do pintor. Entre seus destaques, a obra Exposição e motivos da violência, de 1967, tríptico inédito na capital pernambucana, que recebeu o Grande Prêmio da edição daquele ano do Salão de Brasília, superando uma obra de Hélio Oiticica.
Segundo a curadora, além da intenção de reafirmar a inigualável habilidade do artista, esta é uma oportunidade histórica de lançar um novo olhar para a produção de Câmara. De acordo com Tejo, nesta mostra há muitas obras que integram acervos diversos, mas nunca foram mostradas juntas, principalmente lado a lado.“Praticamente todos os trabalhos expostos são de coleções encontradas em locais variados de Pernambuco, mas a obra principal veio do Museu de Brasília e é a partir dela que o projeto curatorial começou. Ela é a gênese artística do João Câmara”, revela.
Serviço
João Câmara, nota nova – Ecos de 1967
Local: Galeria Marco Zero
Endereço: Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem
Data: De 28 de julho a 30 de agosto de 2022
Funcionamento: Todos os dias, das 10h às 19h
Ingresso: Grátis