“Quando tudo parece tão urgente, e é tão inquietante e dolorido, quais as histórias que realmente precisamos contar?”. Essa foi a pergunta que pairou pelos pensamentos do diretor artístico do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada no decorrer da concepção e do desenvolvimento da exposição-processo Aglomeração, uma individual do artista Antonio Henrique Amaral.
A mostra teve sua primeira vista nas plataformas digitais da instituição durante o período de isolamento social, com as reaberturas para atividades culturais, o Tomie agora transporta a exposição para o ambiente físico. Aglomeração poderá ser visitada a partir do sábado 7 de novembro e se estenderá até 7 de fevereiro de 2021.
Para Miyada, que assina a curadoria da exposição em parceria com o Acervo Antonio Henrique Amaral, exibir os trabalhos do artista se torna importante neste momento, tendo em vista que suas obras têm um conteúdo muito atual. “Quase premonitório”, ele diz, por seu caráter “cáustico, desconcertante, trágico e vistoso”.
Durante a abertura da mostra virtual, o curador comentou que “uma resposta sensível às incertezas deste momento em que nos vemos ameaçados por um bestiário de monstros visíveis e invisíveis e um fértil solo para as futuras iniciativas de investigação e apresentação de Antonio Henrique Amaral a serem desenvolvidas a partir de seu vasto legado”.
Desta forma, foram convidados artistas jovens a criarem respostas a algumas obras de Amaral. Essas produções estão, agora, na mostra física. Estão entre os artistas: Ana Elisa Egreja, Antonio Obá, Deyson Gilbert, Flora Rebollo, Igi Lola Ayedun, Julia Debasse, Luiz Queiroz e Raquel Nava.
Antonio Henrique Amaral: Aglomeração
Data: 7 de novembro de 2020 a 7 de fevereiro de 2021.
Onde: Instituto Tomie Ohtake (Av. Faria Lima 201. Entrada pela Rua Coropés 88)