No clima da Copa do Mundo de 2018, o ARTEQUEACONTECE preparou um roteiro para quem quiser conhecer os espaços dedicados à arte clássica, moderna e contemporânea entre as partidas de futebol!
Em Moscou, entre as dezenas de museus (históricos, militares, religiosos, de arte e de ciência), a parada obrigatória para os interessados em arte contemporânea é o Garage Museum, fundado em 2008 por Dasha Zhukova e Roman Abramovich. Ele é a primeira instituição filantrópica na Rússia a criar um amplo programa público dedicado à produção artística contemporânea. O espaço promove exposições, eventos, projetos educativos, além de financiar pesquisas e publicações sobre a cultura russa e internacional. A coleção do museu também é impressionante, e é a primeira coleção no país dedicada ao contemporâneo que é aberta ao público.
Há ainda outras instituições contemporâneas menores, como o National Center for Contemporary Art, um espaço expositivo e de pesquisa que visa desenvolver a arte atual na Rússia dentro do contexto global; e o Winzavod Center for Contemporary Art, fundado por Sofia e Roman Trotsenko com o objetivo de fomentar a produção artística na Rússia unindo todas as áreas da cultura em um único espaço aberto ao público, que inclui galerias, ateliês, um café, livraria, etc. Atualmente o Winzavod tem em cartaz uma mostra de jovens artistas de Berlim e o programa Winzavod.Open, uma espécie de premiação/ mostra bienal para projetos educativos.
Já para os amantes de belas artes, o Pushkin é uma jóia na cidade. Criado no final do século XIX para levar a arte para a população em geral e promover a educação, a instituição possui uma coleção significativa de velhos mestres renascentistas e barrocos, além de obras primas do modernismo europeu, como pinturas de Gauguin, Courbet, Degas, Monet, Picasso e Van Gogh.
Para os interessados na produção local, a Galeyev Gallery é especializada em arte da Rússia, do início do século XX ao início da II Guerra Mundial (1939). Localizado no centro histórico e cultural da cidade, a galeria foi aberta em 2006 com o objetivo de apresentar artistas que eram desconhecidos do público, resgatando nomes esquecidos ou apagados da história da arte. Nem toda mostra é sensasional, uma vez que as exposições são sempre monográficas, dedicadas a um artista selecionado para uma pesquisa mais profunda. Mas há muitos nomes interessantes no programa do museu, que vale a visita.
Para os que também visitarem a antiga Leningrado, hoje São Petersburgo, a oferta de museus e instituições é igualmente farta. No entanto, a cidade tem um diferencial incomparável: o Hermitage – um dos maiores museus do mundo. A coleção ocupa um palácio com mais de 230 mil metros quadrados de área total, e é composta de mais de 1 milhão de obras de arte, e milhares de artefatos históricos. O Hermitage foi fundado pela imperatriz Catarina, a Grande, em 1764, a partir da aquisição de uma impressionante coleção de obras de um mercador alemão. Quem não tem anos e anos para visitar o museu deve focar-se em alguns destaques imperdíveis: é preciso organização para criar um trajeto entre as 4000 salas expositivas! Não deixe de procurar pelos impressionistas franceses (especialmente os exemplares excepcionais de Monet, Van Gogh, Picasso, Renoir, Cézanne, Gauguin e Matisse, incluindo “La Musique”, 1910); pelos pintores holandeses do século XVII (especialmente a emocionante coleção de obras de Rembrandt); e pelas belas obras dos renascentistas Tiziano, Giorgione, Leonardo Da Vinci e Michelangelo.
Ainda que pudéssemos passar dias dentro do Hermitage, a cidade também oferece outras atrações interessantes, como o Erarta Museum, criado com o objetivo de descobrir, pesquisar, colecionar a popularizar a produção de artistas russos contemporâneos. A coleção do museu é uma oportunidade única de ver obras tanto de artistas renomados como de jovens emergentes cuja obra é surpreendente. Uma das alas do museu abriga a coleção permanente, enquanto outras trazem exposições temporárias e projetos especiais.
Para aqueles que gosta de graffiti e arte de rua, São Petersburgo possui também uma espécie de museu de street art. Localizado em uma fábrica de plástico ativa, na zona leste da cidade, o projeto teve início em 2014, e já possui mais de 20 trabalhos de artistas como P183, Tima Radya e Nikita Nomerz, entre outros.
Para não se perder!
Garage Museum of Contemporary Art – 9/32 Krymsky Val, 119049, Moscou, Rússia; todos os dias, 11h-22h. Ingressos: 300 rublos.
National Center for Contemporary Art – 123242, 13, prédio 2., Zoologicheskaya st., Moscou, Rússia; terça a domingo, 12h-20h (sexta e sábado até 21h). Ingressos: 150 rublos.
Winzavod Center for Contemporary Art – 4th Syromyatnichesky lane 1/8 105120, Moscou, Rússia; terça a domingo, 12h-20h. A entrada pode ser gratuita e as exposições tem ingressos de preço variável.
Pushkin Museum – Ulitsa Volkhonka, 12, Moscou, Rússia; terça a domingo, 11h-20h (quinta até 21h). Ingressos: 600 rublos.
Galeyev Gallery – Bol’shoy Kozikhinskiy Pereulok, 19/6, стр. 1, Moscou, Rússia; terça a domingo, 11h-19h. Valor dos ingressos sob consulta.
Hermitage – Palace Square, 2, São Petersburgo, Rússia; terça a domingo, 10h30-18h (quarta e sexta até 21h). Ingressos: 700 rublos.
Erarta Museum – 29 Liniya Vasil’yevskogo Ostrova, 2, São Petersburgo, Rússia; quarta a segunda, 10h-22h. Ingressos: 500 rublos.
Street Art Museum – Shosse Revolyutsii, 84, São Petersburgo, Rússia; visitas guiadas sábado e domingo em horários fixos. Reservas aqui. Ingressos: 350 rublos.