O Itaú Cultural apresenta a obra magistral de Franz Weissmann (Knittelfeld, Áustria, 1911 – Rio de Janeiro, 2005), que ocupa todos os três andares do espaço expositivo da instituição. Com curadoria de Felipe Scovino e parceria do Instituto Franz Weissmann (IFW), a exposição “Franz Weissmann: o vazio como forma” se sustenta em cerca de 800 peças, organizadas não de maneira cronológica, mas de forma antológica. Em um dos pisos, estão as obras em maior escala. Desenhos, a passagem do figurativo para o abstrato, Amassados e cubos, em outro. Por fim, maquetes e estudos, linha do tempo e uma obra pública em realidade virtual ocupam o -2.
São mais de 50 esculturas, entre pequeno, médio e grande porte; 10 Amassados, cujo suporte são placas de alumínio, aço e outros metais; cerca de 50 desenhos; 730 maquetes; 14 obras originais acessíveis (táteis, para os visitantes cegos ou de baixa visão) e, em realidade virtual, Monumento à Paz – uma obra destinada ao espaço público, porém nunca exposta. Há, também, dois audiovisuais sobre ele e um terceiro vídeo com depoimentos de familiares, do curador e do historiador, jornalista e crítico de arte Frederico Moraes. Tudo é acompanhado de uma linha do tempo, com fotos da vida e obra do artista e de quatro obras de coleções privadas.
Como em uma extensão da mostra, um mapa criado pela equipe do Itaú Cultural indica a localização das obras públicas realizadas pelo artista e instaladas a céu aberto em São Paulo – no hotsite o mapeamento se estende às obras existentes nas ruas do Rio de Janeiro. Ele sempre foi instigado pela colocação de suas obras nas ruas, de modo a ampliar os meios de contato do público com a arte, modificando a sua relação com o espaço urbano. Ainda, em uma ação que também transborda as paredes do instituto, realizada em parceria do Itaú Cultural, o IFW e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, está em exibição no Parque Prefeito Mario Covas a obra Cubo Azul (1978-2011), em visitação até 9 de fevereiro. Uma publicação, um catálogo e um hotsite complementam a exposição.
Franz Weissmann: o vazio como forma parte de um caráter reflexivo e acompanha, de ponta a ponta, o trabalho do artista desde a sua gênese: dos anos de 1940 e 1950, quando foi professor na Escola Guignard, até as suas últimas produções realizadas no começo do século 21, quando realizou a série de obras conhecidas como pinças e mondrianas, esculturas que invadiram o espaço público.
Franz Weissmann: o vazio como forma
Curadoria: Felipe Scovino
Abertura: 27/11/19
Visitação: até 09/02/2020; terça a sexta, 09h-20h (permanência até 20h30); sábado e domingos, 11h-20h
Itaú Cultural: Avenida Paulista, 149, São Paulo. Entrada gratuita